Depois de anos em que vencia sempre, Mercedes passa a depender de estratégia em 2018. E se perde

A estratégia começa a surgir como uma fraqueza da Mercedes justamente naquele que promete ser o ano mais difícil para ser campeã. Depois de errar ao não fazer pit-stop com Lewis Hamilton sob safety-car na China, a impressão que fica é de que a equipe não sabe pensar fora da caixa quando precisa

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Só se passaram três etapas da temporada 2018 da F1, mas a Mercedes já vacilou duas vezes na estratégia. Depois de entregar a vitória de mão beijada no GP da Austrália para Sebastian Vettel por ignorar a possibilidade de safety-car, a equipe prateada abriu mão de arriscar um pit-stop com Lewis Hamilton sob safety-car no GP da China. O risco seria correto, vide a vitória de Daniel Ricciardo, mas a equipe não quis apostar. Depois de uma nova pisada de bola, é difícil não se perguntar: será que a Mercedes não está devendo para Ferrari e Red Bull na hora de pensar em estratégias de corrida?
 
A dúvida não surge por qualquer motivo. As pisadas de bola na Austrália e na China foram monumentais. Em Melbourne, não pediram que Hamilton andasse tanto quanto podia enquanto Vettel retardava o pit-stop. Tivesse dado o aviso, fatalmente sairia com a vitória. Em Xangai, justamente quando o carro ruim exigia maior ousadia na estratégia para superar a superior Ferrari, a equipe fez o feijão com arroz. Até jogador do F1 2017 no videogame entende que a grande diferença de pneus novos sobre pneus velhos praticamente aniquila a vantagem que um carro pode ter sobre outro. Sobrou para a Red Bull, também precisando assumir riscos, fazer os pits e ir para as cabeças.
Com a estratégia certa, Lewis Hamilton seria candidato à vitória na China (Foto: Mercedes)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Esses vacilos coincidem com aquele que promete ser o campeonato mais difícil para a Mercedes desde o começo da era híbrida da F1, em 2014, quando a equipe encaixou uma sequência de quatro títulos seguidos – tanto no Mundial de Pilotos quanto no de Construtores. É verdade que 2017 já não foi um mar de rosas, principalmente no primeiro semestre, mas em 2018 a situação se desenha ainda mais complicada. Justamente quando mais depende de estratégia, a Mercedes se vê em aparente desvantagem.
 
A impressão que fica é que, justamente por sempre ter grande vantagem em voltas rápidas e ritmo de corrida, a Mercedes foi pouco exposta à necessidade de trazer um resultado na base da estratégia. Enquanto Ferrari e Red Bull se acostumaram a pensar em ideias mirabolantes, a Mercedes podia se dar ao luxo de ter sucesso fazendo o convencional. E, na China, o que fez a diferença foi justamente pensar fora da caixa.
A Mercedes não pode se dar ao luxo de deixar pontos escaparem (Foto: Mercedes)
A boa notícia para a Mercedes é que esse problema já começa a ficar evidente na terceira de 21 corridas da temporada 2018. Ainda é muito cedo no ano e a volta por cima sobre a Ferrari é plenamente possível, mas é preciso ficar ligado. Em um ano de pneus ainda mais protagonistas, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas correm o risco de perder ainda mais pontos puramente por uma leitura errada de quem toca a barca dos boxes.
 
A chance de redenção da Mercedes é no GP do Azerbaijão, marcado para 29 de abril. Lá, a Mercedes pode provar que isso é tudo coincidência e que manja tanto quanto as outras. Ou terminar com o aproveitamento de 75% de corridas prejudicadas por decisões infelizes.
 
SURPRESA AGRADÁVEL APESAR DOS PORQUÊS

TEMPORADA 2018 COMEÇA COM F1 DEPENDENTE DO IMPONDERADO

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.