Coulthard diz que pilotos estão desiludidos com F1 atual: “Os carros estão muito mais lentos que há dez anos”

David Coulthard traçou um paralelo entre a tecnologia e o atletismo com a F1 ao ressaltar que tudo evoluiu, mas a categoria, em contrapartida, está mais lenta em relação a um passado não muito distante. O ex-piloto entende que o grid está insatisfeito com o cenário atual do esporte

VIU ESSA? CASTRONEVES DECOLA EM ACIDENTE EM INDIANÁPOLIS

determinarTipoPlayer(“15471928”, “2”, “0”);

A grande revolução pela qual a F1 passou em 2014, com a adoção das novas e ecológicas unidades de força V6 turbo de 1,6 L, mudou a dinâmica do esporte. Não apenas pelo ronco muito mais silencioso dos motores híbridos, mas pela diferença de performance em relação aos antigos V8 aspirados de 2,4 L. Um exemplo disso pode ser medido no último fim de semana. Nico Rosberg, vencedor do GP da Espanha de F1, no domingo (10), largou na pole-position ao anotar 1min24s681 como melhor volta. A marca, embora 0s6 mais rápida em relação ao ano passado, é quase 6s mais lenta em comparação ao que foi registrado por Mark Webber em 2010: 1min19s995. A volta mais rápida da prova em Barcelona, 1min28s270 obtida por Lewis Hamilton, foi quase 7s pior que a de Kimi Räikkönen na edição de 2008 da prova, 1min21s670.

O atual momento da F1 levou David Coulthard a fazer uma reflexão a respeito. Em sua coluna escrita no site da emissora britânica BBC, o ex-piloto de Williams, McLaren e Red Bull entende que os pilotos do grid não se sentem desafiados e estão desiludidos por não ter a condição de explorar ao máximo suas respectivas capacidades. Justamente pelo fato de que os carros da nova era da F1 são mais lentos em comparação com um passado não muito distante.

Coulthard bradou contra nova era da F1 e disse que pilotos estão desiludidos com carros mais lentos (Foto: Beto Issa)

“Em minha opinião, a atual era da F1 deveria ser a mais rápida do esporte na história. A tecnologia avança. Estamos acostumados a telefones celulares cada vez mais leves e fazendo mais coisas, a ter uma maior vida útil de bateria, mais capacidade. O recorde mundial dos 100m rasos vai ficando cada vez menor. O homem vai mais longe e com mais frequência ao espaço. E, no entanto, na F1 os carros estão vários segundos mais lentos em relação ao que era há dez anos”, escreveu o escocês dono de 13 vitórias, 12 poles em 15 temporadas e 246 GPs na carreira.

“Eles não podem dizer publicamente, mas sei que os pilotos atuais estão todos um pouco desiludidos com a F1 atual porque os carros são muito lentos em comparação com os anos anteriores, e os pilotos estão longe de impor seus níveis de habilidade durante as corridas”, acrescentou o hoje comentarista e colunista Coulthard.

Coulthard sugeriu uma abordagem mais agressiva da Pirelli na construção dos pneus para ajudar a melhorar o espetáculo e a deixar os carros mais rápidos. “Você muito raramente vai ouvi-los dizer isso publicamente, mas, sem exceção, ninguém na F1 gosta da construção e composição da gama de pneus atuais, e as pessoas estão muito insatisfeitas com a Pirelli como um todo. Não tenho dúvida de que, se eles fossem desafiados a fazê-lo, a Pirelli poderia fabricar pneus muito mais agressivos”, concluiu.

A VITÓRIA E A REAÇÃO?

Mesmo insistindo que não mudaria sua preparação e abordagem para a fase europeia, depois de um início de temporada bem abaixo do esperado em 2015, Nico Rosberg soube tirar bom proveito de um fim de semana pouco inspirado e cheio de problemas do líder Lewis Hamilton. E o alemão, como bem admitiu ainda em função da pole no sábado, precisava do triunfo, pelo campeonato e para si mesmo. E foi o que fez neste domingo, como resultado de um fim de semana de amplo domínio

CHATO, CHATO…

Sejamos sinceros: o GP da Espanha deste domingo não foi lá a corrida mais divertida do mundo. Não passou sequer perto disso. Teve uma boa disputa entre Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr. no final, mas nem entou na tela. Fora isso, o mais interessante foi a mudança de estratégia da Mercedes para que Lewis Hamilton passasse Sebastian Vettel e ficasse em segundo. 

No mais, a etapa catalã do calendário teve mesmo boas doses de zoeiras. Galvão Bueno estava insatisfeito com a FOM, Pastor Maldonado deu 'olá' a seu azar, Romain Grosjean atropelou um de seus mecânicos. Tanto que fizemos uma lista
AZAR INFINITO?

A fase de Fernando Alonso não é boa há muito tempo, e há muito se discute o quanto tem sido azarado. O espanhol teve de abandonar o GP da Espanha, vencido por Nico Rosberg, com problemas nos freios depois de viver um momento de fortes emoções nos boxes com a McLaren. Na hora de fazer seu segundo pit-stop da corrida, o espanhol não conseguiu parar o carro e por pouco não atropelou os mecânicos da equipe inglesa

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.