Conta-giro: desempenho na China dá à Mercedes maior domínio da história da F1 e indica Hamilton como campeão

A Mercedes de 2014 foi a primeira equipe da história a conseguir vitórias, poles e voltas mais rápidas em todas as quatro provas iniciais da temporada. Os números mostram favoritismo de Lewis Hamilton na disputa pelo título

Não é pouco o que a Mercedes tem feito na F1 em 2014. O W05 já dá indícios de que vai entrar para os anais como um dos mais bem feitos carros. Os números são sólidos: com o triunfo de Lewis Hamilton na China, pela sexta vez na história da F1 uma equipe começou a temporada com quatro vitórias nas primeiras quatro provas. Porém, esta Mercedes alcançou um fato inédito: é a primeira vez que um time consegue, além das vitórias, melhores voltas e poles em todas as quatro primeiras corridas do ano.

 
A Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg superou as fantásticas McLaren MP4-4, de 1988, e a Williams FW14, de 1992.
 
A primeira vez que uma mesma escuderia venceu as quatro primeiras corridas do ano foi em 1988. A McLaren de Ayrton Senna e Alain Prost sobrou naquele campeonato que teve o brasileiro como campeão. Na oportunidade, o time inglês conseguiu a pole nas quatro provas e a volta mais rápida em três delas. Gerhard Berger, da Ferrari, cravou a melhor volta no Brasil, prova de abertura. Na temporada de 1991, Senna obteve a pole e venceu as quatro primeiras corridas naquele ano.
 
A segunda vez foi em 1992. A Williams, com sua revolucionária suspensão ativa, não deu chances às rivais. Nigel Mansell venceu o campeonato com extrema facilidade, seguido pelo companheiro de equipe, o italiano Riccardo Patrese. Mais uma vez, Berger foi o responsável por estragar o domínio absoluto nos hat-tricks, cravando a volta mais rápida no GP do México, pela McLaren.
 
Em 1996, a equipe britânica voltou a conseguir o feito. Com três vitórias de Damon Hill – que viria a ser campeão daquele ano – e uma de Jacques Villeneuve, a Williams comandou o início do ano. Jean Alesi, da Benetton, foi o intruso ao conseguir a volta mais rápida no GP da Argentina.
 
Já em 2004, com o alemão Michael Schumacher vencendo as quatro corridas iniciais da temporada, foi a vez da Ferrari beirar o controle total. A volta mais rápida de Juan Pablo Montoya – da McLaren – na Malásia e a pole de Jenson Button – da BAR Honda – em San Marino, impediram tal feito.
 
Por fim, em 2005, foi a vez da Renault vencer as quatro primeiras provas. Giancarlo Fisichella abriu o ano vencendo, enquanto Fernando Alonso levou a melhor nas três corridas seguintes. As voltas mais rápidas de Kimi Räikkönen na Malásia, de Michael Schumacher em San Marino e de Pedro de la Rosa – em sua única corrida do ano – no Bahrein evitaram o controle absoluto da escuderia francesa.
A Mercedes vem apresentando um domínio impressionante em 2014 (Foto: Getty Images)
Em época de início dominante, quem vence mais é rei
 
 O currículo das temporadas de equipes de começo avassalador credencia Hamilton como provável campeão da temporada 2014. O piloto que venceu mais provas nas quatro primeiras provas somou mais pontos no fim da temporada.

Em 1992, Mansell dominou o campeonato inteiro, terminando com 108 pontos, quase o dobro do que teve Patrese, 56. Além disso, o inglês faturou nove das 16 etapas.

 
Hill venceu metade das corridas de 1996, incluindo as três primeiras. No final, título mundial garantido com boa folga para Villeneuve, companheiro de Williams.
 
2004 foi ano de controle total de Michael Schumacher. O alemão garantiu o heptacampeonato com impressionantes 13 vitórias em 18 corridas. Foram 148 pontos contra 114 de Rubens Barrichello.
A história mostra que Lewis Hamilton é o grande favorito ao título (Foto: Getty Images)
Na temporada 2005, Alonso venceu três das primeiras quatro corridas e sagrou-se campeão da F1 pela primeira vez. O espanhol teve 133, contra 112 de Räikkönen, vice-campeão.
 
O único caso que o melhor piloto das primeiras quatro etapas não foi campeão dos anos citados foi em 1988. Apesar de ter somado mais pontos, Prost perdeu o título para Senna, pois na época existia o descarte. O francês caiu de 105 para 87, enquanto o brasileiro foi de 94 para 90.
 
Mesmo muito regular, Rosberg precisa voltar a vencer para evitar que Hamilton engrosse as estatísticas. Neste momento, o alemão tem 79 pontos, contra 75 do inglês. O momento, contudo, é todo de Hamilton, vencedor das últimas três etapas.
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