Com Williams grande de novo, Massa cobra trabalho perfeito em 2015 para única meta: voltar a vencer

Nesta terça-feira (3), Felipe Massa anda pela primeira vez com o FW37, carro no qual deposita suas chances para tornar a ganhar na F1. Afinal de contas, depois do ano que a Williams teve em 2014, o objetivo só pode ser este — cobrança que ele e a equipe se fazem: “Tudo o que eu quero é lutar por vitórias”

Vencedor. É o que Felipe Massa espera que o carro que está conhecendo nesta terça-feira (3) se torne na temporada 2015 da F1.
 
“Passo à frente” é o que mais se ouve na Williams — grande outra vez. A sensação de otimismo que há no time mostra existir a certeza de que o terceiro lugar no Mundial de Construtores não foi uma exceção, a crença de que a reestruturação feita nos últimos 18 meses permite ao time sonhar sem medo em voltar ao degrau mais alto do pódio.
 
Ao mesmo tempo, os pés estão no chão. Ninguém canta vitória antes da hora. O ânimo se dá pela confiança no próprio taco, mas há a consciência de que tudo depende também do crescimento das adversárias. Ainda é cedo demais na pré-temporada, e alguém pode ter cartas na manga que só serão reveladas no GP da Austrália, em Melbourne, no dia 15 de março.
 
E objetivo não será alcançado, de forma alguma, se o trabalho não for executado de maneira perfeita — cobrança que todos se fazem.
 
Tudo isso está bem resumido na fala de Massa, que se mostra tranquilo e empolgado para 2015 ao receber o GRANDE PRÊMIO no motorhome da equipe em Jerez para uma entrevista exclusiva.
Felipe Massa foi a três pódios em 2014, mas quer mais do que isso neste ano (Foto: Getty Images)
“O passo à frente, sem dúvida, é vencer. Até porque a gente tem que pensar nisso. A gente sabe que, quando você chega lá em cima, as coisas começam a ser sempre mais difíceis. A gente não está brigando com as equipes que brigava no ano passado. Está brigando com equipes que, para você dar o passo à frente para vencer, tem que fazer o trabalho perfeito. De onde a gente está para a frente, é mais difícil. Mas eu confio na equipe. Confio no trabalho dos engenheiros, confio no desenvolvimento que a gente está tendo, na mentalidade da equipe. Isso mostra que a gente pode estar lá, sim”, diz, antes de garantir qual o seu desejo: “Tudo o que eu quero é lutar por vitórias. Tomara que a gente tenha essa condição.”
 
Para Massa, uma vitória marcará o fim de um longo jejum — ele não vence desde o GP do Brasil de 2008. Desde então, pode vibrar por estar na primeira posição apenas uma vez: no GP da Áustria do ano passado, quando marcou a pole-position.
 
Já a Williams venceu pela última vez no GP da Espanha de 2012, com Pastor Maldonado, mas diante do histórico recente da equipe, dá para dizer que o triunfo foi uma exceção. Antes do ano passado, o time não sabia o que realmente era brigar pelas primeiras posições desde 2004.
O FW37 passa pelas mãos de Massa pela primeira vez nesta terça-feira (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
A preparação
 
Depois de assistir Valtteri Bottas guiar por dois dias na abertura da pré-temporada, o brasileiro já entra empolgado no cockpit por ouvir do finlandês um bom feedback — o companheiro de equipe falou que já é possível sentir uma melhora.
 
“É interessante ouvir o Bottas e acompanhar o que ele está fazendo, mas não só ele. Os números, algumas comparações que a gente já consegue fazer com o carro do ano passado. Eu acho que, pelo menos olhando até agora, o carro é o que a equipe projetou e espera. Isso é importante”, destaca.
 
“Mas, lógico, é muito cedo. A gente tem que esperar o que os outros fizeram. Às vezes, alguém inventa uma coisa que a gente só vai saber na primeira corrida. Mas eu acho que as coisas estão indo no caminho certo”, ressalta.
 
Ter tudo de acordo com o planejado, entretanto, é bem diferente de escutar mil maravilhas sobre um carro que não merece tanto — algo que ele relata ter acontecido na Ferrari. Essa foi uma das diferenças que ele nota entre sua ex-equipe e sua escuderia atual.
 
“A Williams é uma equipe com mais pé no chão. Que sabe do potencial, principalmente agora. Ano passado, era tudo novidade. Muita gente nova, muita novidade. Hoje a gente já está preparado. Agora, tudo o que eu vi dentro da equipe é muito real. Nessa época do ano, é muito fácil você ouvir ‘o carro deste ano vai ser incrível’, ‘o trabalho que a gente fez foi incrível’. Ouvi muitas vezes isso na Ferrari, e acabou não acontecendo desta maneira. Isso é um pouco da diferença da equipe de agora e de alguns anos — não sempre — na Ferrari”, compara.
Massa terminou o GP de Abu Dhabi, último de 2014, a menos de 3s da Mercedes de Lewis Hamilton (Foto: Getty Images)
A equipe a ser batida
 
Massa não discorda da opinião geral de que a Mercedes é a grande favorita ao título. Torce para a Williams se apresentar como a melhor equipe, claro. Mas o pensamento realista é de que, com a intenção de dar o passo à frente como equipe, sua colocação final no Mundial de Pilotos deve ser no mínimo a terceira.
 
“Mesmo antes de vencer, já era claro que iam vencer no ano passado. A Mercedes talvez tenha sido a equipe que olhou um pouco antes para este ano e eu acredito que seja o carro mais fácil de andar na frente em 2015. É isso o que eu estava falando antes: para você passar à frente, é sempre mais difícil. Vimos a Red Bull por quatro anos. Quando uma equipe está no topo, acaba sendo mais difícil para você batê-la”, continua.
 
“Tendo a segunda melhor equipe — se for a segunda, eu espero que seja a primeira! — tem que lutar para ser terceiro no campeonato. Não tem outro pensamento a não ser fazer o melhor trabalho possível. É tudo aquilo que eu quero e que eu vou tentar fazer”, completa o piloto.
 
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL o primeiro dia de trabalho de Felipe Massa com o carro de 2015 da Williams em Jerez, terceiro da pré-temporada da F1, com o repórter Renan do Couto e o fotógrafo Xavi Bonilla.
DE NOVO NA FRENTE
Sebastian Vettel, pelo segundo dia seguido, foi o mais rápido dos testes de pré-temporada da F1 em Jerez de la Frontera. O alemão, que agora defende a Ferrari, anotou uma volta em 1min20s984 ainda pela manhã na Andaluzia e não foi mais superado. Um excelente início para seu relacionamento com a Scuderia.
 
E como se repetir o líder já não fosse o bastante, a F1 também viu a Sauber outra vez na segunda posição. Desta vez, com o estreante brasileiro Felipe Nasr. Fazendo seu primeiro treino com a equipe suíça, o campeão da F3 Inglesa de 2011 colocou pneus macios na parte da tarde para saltar de quarto a segundo, com um tempo na casa de 1min21s867 — exatos 0s833 mais lento.

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AINDA NÃO DÁ
A Williams não está andando com o combustível da Petrobras em seus carros e não tem uma previsão de quando vai começar a fazê-lo.
 
Quando a parceria da estatal brasileira com a equipe inglesa foi anunciada, no início da temporada 2014 da F1, disseram que o combustível da Petrobras deveria retornar à categoria com a Williams em 2015. Desde então, a marca da companhia aparece nos carros devido a um acordo promocional.

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VETTEL NA CABEÇA
A Red Bull surpreendeu a todos ao aparecer com o RB10 envolto numa pintura provisória camuflada em preto e branco para o primeiro dia de testes coletivos de pré-temporada neste domingo (1), em Jerez de la Frontera. O chefe da equipe, Christian Horner, explicou de onde veio a ideia do camuflado, mas sem entregar quando e de que forma o carro ficará quando a pintura oficial chegar.
 
Segundo Horner, a pintura foi inspirada num dos muitos capacetes utilizados por Sebastian Vettel enquanto na equipe: o vestido pelo tetracampeão no GP da Itália de 2014. E completou dizendo que é impactante e dificulta na hora de gente de fora da equipe tentar recolher informações detalhadas.

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SIMPLESMENTE DIFERENTE
Fernando Alonso entende que a McLaren de 2015 é bem diferente daquela de 2007, quando o espanhol integrou pela primeira vez o time de Woking. Agora, o bicampeão vê uma equipe mais aberta e credita essa impressão aos novos nomes da esquadra inglesa, especialmente o do diretor de corridas, o francês Éric Boullier, e do projetista Peter Prodromou, ex-braço direito de Adrian Newey na Red Bull.
 
A primeira passagem do asturiano pela esquadra britânica foi bastante tumultuada e acabou antes do término do contrato. A briga pelo título com o então colega Lewis Hamilton e os constantes desentendimentos com Ron Dennis levaram Alonso a sair mais cedo, apenas um ano depois da estreia.

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