Com melhor carro do grid, Vettel é favorito à vitória. E a Hamilton só resta arriscar na Alemanha

A Ferrari provou que tem melhor carro com a espetacular pole-position de Sebastian Vettel e se colocou como favorita à vitória. O tetracampeão tem grande chance de ampliar a vantagem no Mundial, enquanto Lewis Hamilton precisa se recuperar e tentar limitar os prejuízos depois da quebra ainda no início da classificação deste sábado em Hockenheim, na Alemanha

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A Ferrari tem o melhor carro da F1. E coube a Sebastian Vettel comprovar a força dos italianos com a pole-position sensacional que cravou em Hockenheim neste sábado (21). O desempenho do alemão foi tão forte e intenso que o som das arquibancadas apenas refletiu a grande fase que vive o tetracampeão e sua equipe. Assim que cruzou a linha de chegada em 1min11s212, a vibração da torcida mostrou o quão importante também foi assegurar o posto de honra do grid, ainda mais sabendo que o principal rival sequer figurou na parte decisiva da classificação. A pole, portanto, é um passo enorme na missão que Seb tomou para si. E, sim, o #5 é favoritíssimo à vitória. E não só pela performance que apresentou diante de seu povo.

 
A verdade é que a SF71H é perfeita. O carro é equilibrado e se adapta facilmente a todo tipo de circuito e aos insolentes pneus da Pirelli. Mas a chave do sucesso parece ser mesmo a unidade de potência. O trabalho intenso em Maranello resultou em força, o que coloca o motor italiano acima do alemão – algo impensável até poucos anos atrás. A Ferrari conseguiu aliar potência, velocidade e confiabilidade. Inclusive, é mais veloz que a adversária prata em reta e mais estável nos trechos mais seletivos. 
 
E ainda tem Vettel. Após o erro na largada em Paul Ricard, o ferrarista se recuperou bem com a vitória em Silverstone e exibiu uma grande performance em casa, tirando absolutamente tudo do carro. "Na última volta eu ainda tinha alguma coisa sobrando e consegui tirar tudo do carro. Ainda estou cheio de adrenalina", afirmou Seb. 
Sebastian Vettel levantou a galera em Hockenheim (Foto: Beto Issa)

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"Foi incrível ver tantas bandeiras vermelhas, bandeiras da Alemanha, tanto suporte ao redor da pista. Senti no Q1 que o carro era capaz – às vezes você simplesmente sabe. Foi ficando melhor e melhor", seguiu.

Nada resume melhor o momento do atual líder da F1.
 
O desenvolvimento vermelho, portanto, coloca a Mercedes em um cenário de pressão. Desde que passou a dominar a F1, a equipe nunca esteve tão vulnerável como agora. E as recentes falhas abrem um precedente perigoso. Aliado a isso teve toda dramaticidade de Lewis Hamilton na quebra do carro no fim do Q1. Sem dúvida, um revés difícil de engolir, mas a reação do inglês revelou toda a apreensão vivida dentro das garagens alemãs. Como ele disse ontem, a equipe prata não tem mais espaço para erros. E o contratempo hidráulico era tudo que não poderia acontecer. Assim, as fichas estão em uma boa largada de Valtteri Bottas – uma vez mais, cabe ao finlandês tentar salvar os prateados. Mas a história recente mostra também que as partidas não vêm sendo o ponto forte dos prateados.
 
Hamilton, por sua vez, sai de 14º. Isso se não for preciso nenhuma troca de câmbio. O britânico acusou o golpe. Convenhamos, não é muito comum ver uma Mercedes parada logo no Q1 ou duas Mercedes abandonando uma prova por problemas técnicos, como aconteceu na Áustria. O tetracampeão disse não se lembrar do que pensava na hora em que se agachou ao lado do carro, mas Toto Wolff, o chefe da esquadra prata, revelou que Lewis “apenas não conseguia acreditar do que acontecia”.
 
De toda a forma, Hamilton entende que a corrida deste domingo será mais complicada do que foi em Silverstone, quando também precisou vir lá do fundo do pelotão. Talvez o discurso esteja mais ligado ao fato de que a diferença na pontuação vai se ampliar consideravelmente. A notícia para ele é que Hockenheim tem pontos de ultrapassagens e uma zona extra do DRS. Com Daniel Ricciardo saindo do último posto, já é menos um carro da F1 A para passar. A preocupação única é realmente a curva 1, que não é tão distante do ponto de largada. 
Lewis Hamilton se ajoelha diante do carro quebrado da Mercedes em Hockenheim (Foto: Reprodução)

"Não será uma corrida fácil. Não será como Silverstone, onde você consegue acelerar por mais tempo e imprimir maior velocidade. Esta é uma pista bem técnica e difícil de passar. Mas vou dar tudo de mim, com certeza. Acho que a zona de pontos é a meta, mas não sei até aonde. Foi um dia duro, mas essas coisas acontecem. Logo depois da quebra, comecei a pensar na equipe e em tudo que estamos fazendo, então o meu pensamento já está no dia de amanhã", disse Lewis.

Em termos de estratégia, Vettel, Bottas, Kimi Räikkönen estão na mesma configuração. Ou seja, vão usar os pneus ultramacios na primeira parte da corrida, mudando para os macios. Sim, o GP da Alemanha será uma corrida de uma única parada se tudo correr dentro do planejado – ao menos, para os líderes. A questão está somente no nível de degradação dos pneus. Sob o calor forte da sexta-feira, o composto roxo apresentou um grande desgaste, mas as temperaturas devem ser menores neste domingo. Só que a história deste campeonato mostra que a Ferrari leva vantagem nessas condições. 
 

A Hamilton vale tentar uma tática diferente, aproveitando a possibilidade de escolher os pneus – Ricciardo deve adotar uma estratégia arriscada também. Quem destoa aí é Max Verstappen, que preferiu os pneus macios para o stint inicial. Só que para a Red Bull entrar nesta briga a largada será crucial. Apesar do bom ritmo de corrida, os taurinos ainda não são páreos em performance absoluta para Mercedes e Ferrari.
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