Com anúncio de leilão dos carros e peças, Marussia sacramenta fechamento da sede e fim das atividades na F1
A Marussia morreu e definitivamente foi enterrada. Um anúncio público de um leilão neste sábado indicou o fim das atividades da equipe que nasceu como Virgin e o fracasso nas negociações para que a equipe encontrasse um novo dono
A Marussia definitivamente morreu para a F1. Um anúncio divulgado neste sábado (29) pela CA Global Partners aponta um leilão dos carros, dos maquinários e outras peças equipe e o fechamento de sua sede em Banbury, na Inglaterra, decretando o encerramento das atividades e das negociações que tentavam repassar a equipe rubro-negra a um novo comprador.
Com um flyer estilo de balada/night, o leilão online foi marcado para 16 e 17 de dezembro em um "anúncio preliminar", com transmissão direta da sede da Manor, que é a razão social da Marussia. Duas inspeções serão realizadas nos dias 13 e 15. No leilão, os carros serão negociados sem os motores.
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No último dia 7, a Marussia entregava os pontos numa temporada que chegou a parecer positiva, mas que chegava ao fim de forma melancólica. Os cerca de 200 funcionários haviam sido dispensados e apontavam já o fim da linha para o time que já não esteve no GP dos EUA e do Brasil. Como a Caterham, a equipe passou às mãos de administradores legais para tentar encontrar investidores para sair do buraco.
Qual não foi a surpresa em saber que a Marussia estava embarcando seus equipamentos para o Oriente Médio? Pois deu meia volta e nada: as negociações fracassaram. Era o prenúncio do fim definitivo, se é que se pode dizer desta forma.
Em três anos de história após comprar o time Virgin de Richard Branson, a Marussia usou motores Cosworth e Ferrari mas sem qualquer diferença real de desempenho. As dificuldades em se manter no grid sempre se sobrepuseram aos resultados.
Quando Jules Bianchi terminou o GP de Mônaco na nona colocação, marcando os dois primeiros pontos de uma história de irrelevância praticamente total na F1, parecia a equação para crescer ao menos um passo no futuro. Mas a crise financeira começou a expandir e, embora a Marussia tenha tentado fugir de ser engolida pelo buraco negro de dívidas que a perseguiam, pareceu impossível especialmente após o acidente de Bianchi no GP do Japão.
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