Coluna Safety-car, por Felipe Giacomelli: O futuro de Felipe Massa

Se até os últimos meses Fernando Alonso sempre defendeu o companheiro de equipe nos rumores de uma substituição, não seria uma surpresa que a partir de agora ele não fale nem que sim, nem que não

O bom desempenho de Felipe Massa, neste início de temporada 2013 da F1, pode ser um tiro no pé. Com contrato com a Ferrari apenas até o fim do ano, o brasileiro vai precisar impressionar a equipe italiana para garantir um novo vínculo, isso caso o time já não tenha um pré-contrato assinado com outro piloto, como alguns boatos apareceram no fim do ano passado ligando Sebastian Vettel aos carros vermelhos.

O problema é que impressionar, nesse caso, não significa necessariamente andar mais rápido que o companheiro de equipe, Fernando Alonso, como aconteceu nos dois primeiros GPs do ano.

O bom desempenho de Massa pode custar a vaga na Ferrari (Foto: Getty Images)

Enquanto Felipe Massa não era uma ameaça para o espanhol, ele continuou nos planos do time. Aliás, o trabalho feito durante todo o ano passado para que recuperasse o bom desempenho foi muito bem visto pela equipe italiana. Ele mostrou comprometimento e justificou a chance recebida ao ter o contrato renovado.

O problema é que ele se recuperou bem demais, tanto que nas últimas quatro corridas consecutivas largou à frente do espanhol. E se há uma coisa que qualquer piloto no mundo odeia é ser superado pelo companheiro de equipe. Assim, se até os últimos meses Alonso sempre defendeu o brasileiro nos rumores de uma substituição, não seria uma surpresa que a partir de agora ele não fale nem que sim, nem que não.

Enquanto isso, Jules Bianchi vem se destacando pela Marussia. Em duas corridas até agora, além de o francês ter deixado os carros da Caterham e o outro do time russo com facilidade para trás, ele ainda conseguiu beliscar Williams e Toro Rosso em algumas brigas no meio do pelotão. Algo inédito para os rubro-negros.

Nos bastidores, uma eventual promoção de Bianchi à Ferrari na próxima temporada muda muito pouco. Tanto o francês quanto Massa são empresariados por Nicolas Todt, que continuaria satisfeito ao ver um de seus pilotos em Maranello.

De qualquer forma, o brasileiro também vive uma situação diferente que há 12 meses. Se todos os boatos do ano passado tivessem se confirmado, e Felipe fosse substituído, seria difícil para o piloto, em um momento de baixa da carreira, encontrar uma vaga competitiva na F1 com tantos pilotos pagantes.

Hoje Massa está renovado. Em caso de uma eventual substituição, não vai ser difícil encontrar equipe interessada em um piloto em boa fase e com tamanha experiência.

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