Coluna Punta-taco, por Francis Trennepohl: Um mito para a eternidade

O que fez de Senna uma figura tão emblemática e que desperta diferentes emoções nas pessoas? Seu patriotismo? Os títulos e resultados? Suas ações sociais e obras de caridade? Seu arrojo e frieza? Sua capacidade de aniquilar psicologicamente seus adversários, em especial os companheiros de equipe? Ou simplesmente o fato de ter “morrido ao vivo”

Na próxima semana a trágica morte de Ayrton Senna da Silva completa 20 anos, um espaço de tempo considerável, porém incapaz de apagar sua imagem de mito e ídolo em todo planeta, uma lenda eternizada para sempre na história do automobilismo mundial.

 
Mas o que fez de Senna uma figura tão emblemática e que desperta diferentes emoções nas pessoas? Seu patriotismo? Os títulos e resultados? Suas ações sociais e obras de caridade? Seu arrojo e frieza? Sua capacidade de aniquilar psicologicamente seus adversários, em especial os companheiros de equipe? Ou simplesmente o fato de ter “morrido ao vivo” (e ninguém me convence que ele entrou naquele helicóptero com vida) diante de milhões e milhões de pessoas que acompanhavam a prova ao vivo pela televisão?
 
Creio que não há apenas um motivo ou razão para Senna ter se tornado este mito, mas sim uma combinação de todos eles, o que culminou nessa devoção toda pela figura do tricampeão mundial.
 
Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, os dois brasileiros que também conquistaram títulos na Fórmula 1, não gozam do mesmo espaço na mídia, tampouco da devoção extrema por parte de seus simpatizantes se compararmos com os “Sennáticos”. Tal qual fez Senna, Fittipaldi e Piquet também “alegraram as manhãs de domingo” com suas vitórias, corridas espetaculares e seus títulos.
 
Sempre vi Ayrton Senna como um pacote completo de mídia e retorno garantido para seus patrocinadores: excelente piloto, bom moço, boa educação, estrategista nas suas ações (dentro e fora das pistas), bem relacionado com jornalistas, apegado à família, um cara com muita garra e dedicação e que, salvo alguns episódios, era avesso a polêmicas.
 
Creio que tudo isso o tenha transformado nessa lenda e na figura que mexe com a emoção das pessoas em todos os continentes, e no próximo dia 1º de maio teremos, assim como nos últimos 19 anos, uma amostra da força deste mito chamado Ayrton Senna da Silva.
 
E até hoje fica o amargo gosto do tão esperado duelo entre Senna e Michael Schumacher, que acabou não acontecendo. Como teria sido o restante da história da F1 se aquele 1º de maio de 1994 não tivesse existido? Isso mexe com a imaginação de todo mundo e rende horas de conversa…
 
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