Coluna Apex, por Andre Jung: Spoiler

Em 2018, podemos dizer que os testes acabaram revelando o que GP da Austrália confirmou. Não houve nada que se pudesse classificar como surpresa, ou seja, o que os testes indicaram foi o que aconteceu

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A primeira prova da temporada é sempre cercada de curiosidade. Depois das duas semanas de testes da pré-temporada, todos os que acompanham a F1 voltam atenção para Melbourne para conferir o acerto dos prognósticos após a a primeira avaliação dos novos carros e pilotos.

 
Em 2018, podemos dizer que os testes acabaram revelando o que GP da Austrália confirmou. Não houve nada que se pudesse classificar como surpresa, ou seja, o que os testes indicaram foi o que aconteceu. E o que foi isso afinal?
 
A Mercedes saiu de Barcelona como favorita, fez tempos consideráveis em ritmo de corrida, não apresentou problemas e percorreu uma grande milhagem na preparação do W09 que parece muito bem nascido.
 
Na terra dos cangurus, Lewis Hamilton pulou na frente com um temporal no Q3, deixando o resto do grid mais de 0s6 atrás, tinha ritmo pra vencer, mas foi superado por um lance de sorte que Sebastian Vettel, no lugar certo e na hora certa, soube aproveitar. 
 
Valtteri Bottas cometeu um erro na classificação que acabou por custar muito caro e terá de ser muito competitivo para superar as desconfianças que voltam a rondar seu lado dos boxes.
(Ilustração: Marta Oliveira)

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A Ferrari saiu de Barcelona como a segunda força. O carro, com uma distância entre eixos aumentada, precisava de mais tempo de pista, o que o clima da Catalunha não permitiu. Na Austrália, Vettel foi esperto ao deixar uma porta aberta para o acaso – e ele veio em seu auxílio. Kimi Räikkönen parece mais adaptado ao carro de 2018 e deverá ser um escudeiro mais eficiente para seu companheiro alemão.

 
Outra conclusão tirada das performances na Espanha foi de que as três maiores equipes estarão mais próximas nessa temporada. Max Verstappen e Daniel Ricciardo, o primeiro mais veloz, o segundo mais consistente, comprovaram as expectativas pelo lado da Red Bull.
 
Daí para trás é que a coisa mexeu mais. A Force India, por duas temporadas quarta colocada no Mundial de Construtores, como visto nos testes espanhóis, fez um carro ruim e teve de mudar muita coisa já para o primeiro GP e, pelo visto na Austrália, não conseguirá manter o posto de melhor do resto que ano passado foi seu por larga margem.
 
A Williams, mal administrada, tornou-se guarida para pilotos pagantes. Na pré-temporada, com dois novatos – Stroll ainda é -, andou sempre entre os piores e assim foi também em Melbourne. Se houvesse rebaixamento, já podia ir se preparando, já que seguramente estará entre as últimas colocadas de 2018. Pra piorar, a Martini, desgostosa com as escolhas da Tia Claire, já anunciou que deixa o time ano que vem.
 
Entre os ‘emergentes’, temos a Renault, que em sua terceira temporada desde o retorno como equipe oficial de fábrica, precisa voltar a andar na frente. E a equipe começa o ano melhor do que a temporada passada, mas ainda distante do objetivo de incomodar as grandes. A McLaren comprovou que faz bons chassis e que a Honda era mesmo a razão de seu calvário. Conseguiu fazer um carro decente no pouco tempo disponível depois do acordo com a Renault e Fernando Alonso pode mostrar que, com um carro em condições, continua um potencial campeão.
 
A Haas, ou Ferrari B, andou muito forte na Austrália, mas desperdiçou uma oportunidade excepcional para garantir boa pontuação. Deve andar forte ainda nas primeiras provas, entretanto, cumprindo sua terceira temporada, vai ter grandes dificuldades para acompanhar o ritmo de desenvolvimento das equipes veteranas.
 
A decepção na Austrália ficou por conta da Toro Rosso. Os italianos fizeram grande quilometragem nos testes, sem nenhum problema de motor, mas bastou o primeiro GP para que um dos dois únicos carros equipados com unidades de potência Honda já tivesse sua corrida interrompida em meio ao fumaceiro que denunciava mais um motor quebrado.
 
Por fim, a Sauber. O jovem prodígio Charles Leclerc correspondeu e levou seu carro até o final da prova, batendo Stroll e Brendon Hartley, um passo adiante para a equipe que esteve sempre entre os últimos de 2017.
 
Enquanto isso…
 
… o Halo ainda incomoda muita gente, não há como negar. Os carros ficam mais feios, os pilotos menos visíveis e a imagem das câmeras onboard piores…
 
… Sergey Sirotkin foi mal, muito lento nos treinos e azarado na corrida. Vai ter de remar muito se quiser perder o rótulo de ‘piloto pagante que impediu o retorno de Robert Kubica’… 
 
… grandes e pesadões, os velozes F1 atuais não facilitam ultrapassagens. Melbourne é um traçado estreito e complicado, mas o problema deve se repetir…
 
… a  ausência de pilotos brasileiros aposenta o Hino da Vitória – que já não tocava desde 2011.

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