Coluna Apex, por Andre Jung: O mundo é uma bola
A irritação de Fernando Alonso foi o grande motivo pelo qual a equipe rompeu com a Honda. Na busca de acelerar uma solução para lhe fornecer um carro competitivo, a equipe cometeu um passo arriscado, perdeu a fortuna que a Honda despejava em seus cofres, deixou de ser equipe de fábrica e tampouco conseguiu alguma fidelidade do genioso espanhol
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Desde que comecei a escrever a coluna Apex, em 2004, essa é a quarta vez em que a F1 se mistura com a Copa do Mundo. Enquanto boa parte do planeta para pra ver seus selecionados defenderem as cores da pátria, a categoria máxima do automobilismo continua a disputar o pouco espaço que sobra nas pautas jornalísticas.
Enquanto a França progride na Copa do Mundo, a F1, depois de um longo hiato, retornou às terras gaulesas, dessa vez a Paul Ricard, pista com uma extensa lista de serviços prestados. Com um layout bastante original, o circuito francês é uma das pistas favoritas para testes graças à tecnologia presente que monitora cada centímetro do seu traçado.
Na corrida, Sebastian Vettel volta a demonstrar a ansiedade que põe em risco sua chance de superar Lewis Hamilton na luta pelo caneco. Ano passado, a temporada degringolou assim que a segunda fase começou, uma dura realidade que está ligada à forma como administra seus nervos.
Na França, dois dos mais promissores jovens talentos da categoria, ambos franceses, se acharam nos primeiros metros da prova, perdendo a chance de brilhar diante de sua torcida. Coube a outro jovem, esse estreante, a primazia de representar os francófonos; Charles Leclerc, esse garoto monegasco que corrida a corrida só faz aumentar seu prestígio, superando a expectativa que já carregava ao ser declarado piloto da Sauber para 2018.
Como as coisas são rápidas na F1! Depois da ascensão e consolidação de Max Verstappen, uma lista de jovens pilotos passou a se revezar no papel de sucessor do filho de Jos aos holofotes da categoria: Carlos Sainz Jr. Esteban Ocon e Pierre Gasly fazem parte dessa patota, mas, atropelando geral, é o jovem protegido da Ferrari quem se coloca como a melhor aposta para suceder o prodígio holandês.
Na outra ponta da faixa etária, temos Fernando Alonso e suas mazelas. Em defesa do espanhol, precisamos salientar os três finais de semana seguidos ao volante; correr o GP do Canadá, as 24 horas de Le Mans e o GP da França, com poucas horas de descanso entre eles é para os muito fortes. Ganhar Le Mans e depois não passar sequer do Q1, permanecendo fora dos dez primeiros durante toda a prova na França, não é tarefa fácil de digerir.
Até ai é compreensível, mas humilhar o próprio time, imerso em um momento crítico, é como chutar cachorro morto. A irritação de Alonso foi o grande motivo pelo qual a equipe rompeu com a Honda. Na busca de acelerar uma solução para lhe fornecer um carro competitivo, a equipe cometeu um passo arriscado, perdeu a fortuna que a Honda despejava em seus cofres, deixou de ser equipe de fábrica e tampouco conseguiu alguma fidelidade do genioso espanhol.
Talento dos maiores já vistos, considerado por muitos o melhor de sua geração, Alonso talvez deva mesmo a Flavio Briatore os dois títulos que conquistou. Embora sua bravura deva ser reconhecida ao bater Michael Schumacher em duas oportunidades, na Ferrari e na McLaren jamais conseguiu formar um ambiente positivo em torno de si.
Hoje, melancolicamente, parece aproximar-se da aposentadoria, sem confirmar nos resultados a grandeza que seus primeiros anos faziam supor.
COM CHICANE E CORES POLÊMICAS, PAUL RICARD DIVIDE OPINIÕES
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