Coluna Apex, por Andre Jung: O mundo é uma bola

A irritação de Fernando Alonso foi o grande motivo pelo qual a equipe rompeu com a Honda. Na busca de acelerar uma solução para lhe fornecer um carro competitivo, a equipe cometeu um passo arriscado, perdeu a fortuna que a Honda despejava em seus cofres, deixou de ser equipe de fábrica e tampouco conseguiu alguma fidelidade do genioso espanhol

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Desde que comecei a escrever a coluna Apex, em 2004, essa é a quarta vez em que a F1 se mistura com a Copa do Mundo. Enquanto boa parte do planeta para pra ver seus selecionados defenderem as cores da pátria, a categoria máxima do automobilismo continua a disputar o pouco espaço que sobra nas pautas jornalísticas.
 

Acredito que uma antecipação do recesso de agosto poderia ser uma boa ideia para lidar com esse acontecimento que, de quatro em quatro anos, ofusca qualquer outra atividade esportiva.

Enquanto a França progride na Copa do Mundo, a F1, depois de um longo hiato, retornou às terras gaulesas, dessa vez a Paul Ricard, pista com uma extensa lista de serviços prestados. Com um layout bastante original, o circuito francês é uma das pistas favoritas para testes graças à tecnologia presente que monitora cada centímetro do seu traçado.
Coluna Apex #282, por Andre Jung (Ilustração: Marta Oliveira)
Traçado que, a meu ver, se confunde em meio a tantas paralelas que desenham diversas ‘pistas’ a cada curva. Polêmica, a chicane que transformou a reta original em dois pequenos trechos, insuficientes para qualquer manobra, está sob fogo cerrado e tem grande chance de ser abolida no próximo ano.

Na corrida, Sebastian Vettel volta a demonstrar a ansiedade que põe em risco sua chance de superar Lewis Hamilton na luta pelo caneco. Ano passado, a temporada degringolou assim que a segunda fase começou, uma dura realidade que está ligada à forma como administra seus nervos.

Na França, dois dos mais promissores jovens talentos da categoria, ambos franceses, se acharam nos primeiros metros da prova, perdendo a chance de brilhar diante de sua torcida. Coube a outro jovem, esse estreante, a primazia de representar os francófonos; Charles Leclerc, esse garoto monegasco que corrida a corrida só faz aumentar seu prestígio, superando a expectativa que já carregava ao ser declarado piloto da Sauber para 2018.

Como as coisas são rápidas na F1! Depois da ascensão e consolidação de Max Verstappen, uma lista de jovens pilotos passou a se revezar no papel de sucessor do filho de Jos aos holofotes da categoria: Carlos Sainz Jr. Esteban Ocon e Pierre Gasly fazem parte dessa patota, mas, atropelando geral, é o jovem protegido da Ferrari quem se coloca como a melhor aposta para suceder o prodígio holandês.

Na outra ponta da faixa etária, temos Fernando Alonso e suas mazelas. Em defesa do espanhol, precisamos salientar os três finais de semana seguidos ao volante; correr o GP do Canadá, as 24 horas de Le Mans e o GP da França, com poucas horas de descanso entre eles é para os muito fortes. Ganhar Le Mans e depois não passar sequer do Q1, permanecendo fora dos dez primeiros durante toda a prova na França, não é tarefa fácil de digerir.

Até ai é compreensível, mas humilhar o próprio time, imerso em um momento crítico, é como chutar cachorro morto. A irritação de Alonso foi o grande motivo pelo qual a equipe rompeu com a Honda. Na busca de acelerar uma solução para lhe fornecer um carro competitivo, a equipe cometeu um passo arriscado, perdeu a fortuna que a Honda despejava em seus cofres, deixou de ser equipe de fábrica e tampouco conseguiu alguma fidelidade do genioso espanhol.

Talento dos maiores já vistos, considerado por muitos o melhor de sua geração, Alonso talvez deva mesmo a Flavio Briatore os dois títulos que conquistou. Embora sua bravura deva ser reconhecida ao bater Michael Schumacher em duas oportunidades, na Ferrari e na McLaren jamais conseguiu formar um ambiente positivo em torno de si.

Hoje, melancolicamente, parece aproximar-se da aposentadoria, sem confirmar nos resultados a grandeza que seus primeiros anos faziam supor.
 
Enquanto isso . . . 
 
. . . os esforços de Ross Brawn para envolver as equipes na elaboração de soluções técnicas estão dando resultados . . . 
 
. . .  em mais alguns dias, o pacote de mudanças aerodinâmicas visando proporcionar mais ultrapassagens, discutido e estudado em conjunto com os engenheiros da categoria, vai ser assinado . . .
 
. . . uma importante mudança de atitude frente ao comportamento autoritário com que a FIA sempre se pautou ao impor alterações.
 
LISTRAS LISÉRGICAS

COM CHICANE E CORES POLÊMICAS, PAUL RICARD DIVIDE OPINIÕES

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