Chegada de Razia à F1 coroa carreira iniciada em competições de velocidade na terra na Bahia

Ao contrário de boa parte dos pilotos de F1, Luiz Razia começou a carreira andando em competições de terra. Depois, passou por F3 Sul-americana, F3000 e GP2 antes de fechar contrato com a Marussia

Nascido na cidade de Barreiras, no dia 4 de abril de 1989, Luiz Razia teve um começo de carreira bastante incomum. Ao invés de se aventurar no kart, o novo piloto da Marussia na F1 participou de competições de velocidade na terra ainda no estado da Bahia. Mostrando um bom desempenho, o piloto se mudou para o Distrito Federal – por causa da proximidade geográfica e também onde já morava a irmã –, para enfim iniciar no kartismo.

Luiz Razia na terra (Foto: Site Luiz Razia)

A transição para monopostos aconteceu no ano seguinte, em 2005, pela equipe Dragão. Com pressa de aprender o mais rápido possível sobre os novos carros, o piloto disputou ao mesmo tempo a extinta F-Renault Brasileira e a F3 Sul-americana. Em 31 corridas, foram apenas duas vitórias, mas um desempenho muito bom para um novato.

Em 2006, Razia decidiu focar apenas na F3. Competindo pela própria equipe, o piloto venceu sete das 16 etapas para terminar com a taça de campeão. Antes do fim do ano, o baiano ainda encontrou tempo para disputar três etapas da F3000 Europeia (hoje Auto GP), vencendo todas.

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Razia foi campeão da F3 Sul-americana (Foto: Site Luiz Razia)

Embora tivesse proposta da Racing Engineering para fazer uma temporada da F3 Espanhola antes de se mudar para a GP2, Razia optou por competir com carros mais potentes. Por isso, fechou com a equipe de Giancarlo Fisichella para participar da F3000 Europeia. Foram duas temporadas na categoria, com duas vitórias. O piloto só não brigou pelo título porque preferiu perder algumas etapas para começar a andar de GP2.

A transição para a GP2, aliás, começou em 2009, na versão asiática do certame, onde venceu a corrida curta do Bahrein. Ainda pela equipe de Fisichella, o piloto repetiu o desempenho no certame principal ao triunfar na prova curta de Monza. A partir daí, Razia encarou um jejum de dois anos sem conquistas no certame de acesso, tendo passado também por Rapax e Air Asia.

Mais experiente e melhor preparado, o brasileiro fechou com a Arden para 2012, onde começou o ano com vitória na primeira prova da Malásia. Depois, ainda triunfou nas corridas curtas de Barcelona, Valência e Silverstone, antes de fechar com o vice-campeonato, perdendo apenas para Davide Valsecchi.

Antes da GP2, o piloto competiu na F3000 Internacional (Foto: Site Luiz Razia)

Enquanto participou da GP2, Razia começou a negociar a transição para a F1. Em 2010, ele fez parte do programa de jovens pilotos da Virgin e mudou para a Caterham no ano seguinte. Na última temporada, participou do treino dos novatos com Force India e Toro Rosso, mas acabou fechando contrato para ser titular apenas com a pequena Marussia.

Com o acerto, vale um detalhe curioso: a F3 Sul-americana volta a ter um piloto revelado em suas canteras na principal categoria do automobilismo mundial. Antes de Razia, os outros representantes do certame majoritariamente brasileiro haviam sido Lucas Di Grassi e Nelsinho Piquet.

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