Chefe da Toyota traça paralelo com WEC e prevê ‘volta do amor dos pilotos’ com novas regras da F1 para 2017

A Toyota fez parte do grid da F1 entre 2002 e 2009. Hoje no WEC, a montadora é a atual campeã do mundo. Pascal Vasselon, chefe esportivo da marca, analisou o momento das duas categorias e acredita que a F1 voltará a despertar o amor dos pilotos com as novas regras a partir de 2017

A temporada 2015 do Mundial de F1 segue rumo ao seu desfecho, mas o pensamento do Grupo de Estratégia e do departamento técnico das equipes que compõem o grid já está em 2017, ano em que estão previstas muitas mudanças que possam permitir carros mais rápidos e atraentes tanto para pilotos como para o público. Tal mudança servirá para resgatar o amor dos pilotos pela pilotagem e pela própria categoria em si. É o que diz Pascal Vasselon, chefe esportivo da Toyota, atual campeã do Mundial de Endurance.

A marca japonesa fez parte do grid da F1 entre 2002 e 2009, investiu muito dinheiro, mas conseguiu como melhores resultados cinco segundos lugares neste período. Alegando mudança de estratégia, a Toyota deixou a categoria no fim do ano e, em 2012, ingressou no Mundial de Endurance. No ano passado, Sébastien Buemi e Anthony Davidson levaram a fábrica ao título do WEC. Para 2017, a Toyota voltará a disputar o Mundial de Rali.

Sobre a atual fase da F1, Vasselon entende que os carros atuais não oferecem a paixão que os pilotos precisam. Por isso, a falta de interesse com o pacote técnico em vigor vai desde os pilotos até ao público em geral.

Carros da F1 de hoje não despertam amor nos pilotos e tampouco nos fãs, entende Pascal Vasselon (Foto: McLaren)

“Acredito que a falta de interesse geral na F1 só vem da falta do amor por parte dos próprios pilotos. Particularmente, sinto que a grande maioria não expressa seu prazer de estar ao volante desses carros. A falta de interesse por parte dos pilotos amplifica a falta de interesse por parte dos fãs”, comentou o engenheiro em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’.

“Se essas novas regras devolverão algo em termos de diversão para os pilotos, isso vai se traduzir em seus comentários e fará com que as coisas mudem também”, emendou.

Vasselon traçou um paralelo entre a situação que enxerga na F1 e o que vive atualmente no Mundial de Endurance. “Os pilotos de F1 que vem às corridas de Endurance dizem: ‘Esses carros são incríveis! Podemos acelerá-los do início ao fim’. E isso é completamente oposto ao que eles têm feito na F1. É por isso que eu sinto que a falta de interesse na F1 vem a partir dos comentários dos pilotos. Isso me faz dar conta de que os pilotos da F1 e seus parceiros no Endurance não compartilham do mesmo sentimento de estar ao volante.”

Quanto ao que está previsto para o futuro da F1, o chefe da Toyota acredita que vai representar o início de novos e bons tempos na categoria.

“Essas novas regras estão quase na direção oposta que vigorou na F1 desde o fim dos anos 2000, quando o objetivo era frear os carros e ajudar nas ultrapassagens. Parece que os dirigentes caminham em rumo oposto [ao que existe hoje], o que indica um desafio muito estimulante. Não estou consciente de todos os detalhes, mas estamos falando de grandes evoluções em termos de aerodinâmica e pneus. Os tempos de volta cairão significativamente, isso é certo”, completou o francês.

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