Chefe da Mercedes insiste na igualdade de condições e diz que mudança de estratégia de Hamilton “estava fora de questão”

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Chefe da Mercedes, Toto Wolff foi categórico ao avaliar a corrida de seus dois pilotos em Interlagos neste domingo (5) e descartou qualquer possibilidade de uma eventual mudança na estratégia de Lewis Hamilton. Durante a prova brasileira, o inglês solicitou à equipe uma alteração de tática – “uma estratégia diferente” –, mas novamente teve de se contentar com as decisões tomadas pelos engenheiros. Mais uma vez atrás de Nico Rosberg, o tricampeão buscava uma forma de superar o colega, que acabou vencendo no fim das contas.

 

Depois da prova, Hamilton chegou a dizer que o time de Stuttgart poderia ter deixado que ele assumisse riscos na escolha das táticas de pit-stop. E que a esquadra permitisse que ambos tivessem a liberdade de optar por estratégias diferentes.

"Estou aqui para correr e quando nós dois temos de fazer praticamente a mesma coisa na mesma ordem, é algo que foi definido desde o começo, então com certeza eu estava no modo: 'Se houver outra estratégia, vamos lá, vamos assumir alguns riscos, vamos fazer o que der'. Mas eles estava naquela de 'cuide dos seus pneus'. E eu: 'Não, quero correr. É isso que as pessoas querem ver'", afirmou Hamilton. 

Ao falar sobre os comentários de Hamilton, Wolff assegurou que a Mercedes não vai mudar a política de igualdade de condições no que diz respeito à estratégia e que isso é uma normativa que já tem dois anos. "Tivemos nossos princípios sobre ter a mesma estratégia em 2013, e isso sempre funcionou bem para a equipe. Não vamos mudar isso agora", afirmou o austríaco aos jornalistas após a corrida.

 

"No carro, você não consegue ter uma noção completa. O piloto dentro do carro é todo emocional, e isso é compreensível. Mas nós contratamos cães de guarda, não filhotes. E é por isso que você consegue entender. Nós queremos que eles sejam cães de guarda. Às vezes, a coisa pode ficar mais tensa, mas isso é Ok também", completou.
 

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Wolff também revelou que a Mercedes inicialmente pensou em um tática de apenas duas paradas, mas que alterou mais tarde para evitar qualquer tipo de ameaça vinda da Ferrari. Sebastian Vettel também parou três vezes e usou pneus macios no terceiro stint.

 

"Com a margem muito pequena que tínhamos para a Ferrari, era mais seguro repetir a estratégia”, confirmou.

 

Por fim, o dirigente voltou a reiterar a política da Mercedes. "Nossa política é permitir que os pilotos disputem na pista e também oferecer a eles estratégias alternativas, como já demonstramos no passado, mas não posso deixá-los decidir uma tática errada a qualquer custo", finalizou.
 

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