Brawn insiste que Mercedes não se beneficiou de teste, mas diz que aquisição de dados foi inevitável

Acompanhe a cobertura do julgamento no GRANDE PRÊMIO

Ross Brawn, chefe de equipe da Mercedes, admitiu que era "inevitável" a soma de algum conhecimento com o teste realizado com a Pirelli em Barcelona, mas insistiu que tal informação não se tornou uma vantagem competitiva para a esquadra alemã. Durante o julgamento desta quinta-feira (20) em Paris, no Tribunal Internacional da FIA, o engenheiro afirmou ainda que não há forma de a Mercedes ter tirado proveito da atividade, realizada entre os dias 15 e 17 de maio, na pista catalã, logo depois do GP da Espanha.

Ross Brawn nega benefício com teste da Pirelli (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

"Não vejo como", disse o dirigente. "Nós não sabíamos nada sobre os pneus, não sabíamos o objetivo e os detalhes da Pirelli. Trabalhamos sempre com o princípio de que nenhuma informação é melhor do que uma informação errada. Por isso, não vejo como poderíamos ter usado os dados obtidos neste teste", completou o britânico.

Brawn também esclareceu que a telemetria do carro no teste foi mantida ativa por razões de segurança, mas que os dados foram posteriormente arquivados em um servidor seguro no banco de dados da equipe germânica, como garantia de que não serão acessados. "É essencial que a equipe saiba o que está acontecendo quando o carro vai para a pista, como forma de evitar que haja qualquer defeito ou problema. A telemetria foi usada para assegurar o funcionamento normal do carro", explicou.

Quando questionado pelo advogado da FIA sobre o fato de que a equipe tirou benefícios dos testes ao treinar com o carro de 2013, Brawn respondeu era invitável. "Acho que é inevitável, e isso foi levado em consideração quando tivemos a permissão da FIA para o teste. Mas não precisa ser mantido em proporção", falou.

O dirigente também ressaltou que sempre considerou a opinião do diretor de provas e delegado da FIA, Charlie Whiting, sobre assuntos esportivos. "Charlie é a referência para todos no que diz respeito aos assuntos esportivos, especialmente em uma pista de corrida, porque há um número de problemas que surgem em um fim de semana de corrida, e Charlie lida com tudo isso como diretor de prova."

A Mercedes chegou a ligar para Whiting para consultar a possibilidade de realizar o teste com o carro de 2013.

	Chefe da Mercedes assume responsabilidade por teste secreto
	Pirelli se isenta, culpa Mercedes por escolha do carro de 2013
	Ecclestone defende Pirelli e ataca Mercedes por teste secreto