Após perda do pai, Button prevê ano emotivo: “Será incrivelmente difícil, quer seja uma corrida boa ou ruim”

Meses após a perda do pai, John, Jenson Button admitiu que será muito difícil voltar à competir sem o constante apoio paternal. Piloto da McLaren contou que recebeu mensagens que o ajudaram a superar a perda

Depois de anos acompanhado pelo pai no paddock da F1, Jenson Button vai encarar neste fim de semana, na Austrália, sua primeira corrida após a morte de John. Desde a estreia do britânico no Mundial, o patriarca da família Button era presença constante nos circuitos ao redor do mundo.
 
Em janeiro deste ano, John foi encontrado morto em casa na Riviera Francesa, aos 70 anos. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de um ataque cardíaco.
John acompanhou Jenson na maior parte das provas da F1 desde 2006 (Foto: Getty Images)
Em entrevista ao jornal britânico ‘The Telegraph’, Jenson quebrou o silêncio sobre a morte do pai e reconheceu que será muito difícil encarar o GP da Austrália, em Albert Park, sem a companhia de John. 
 
“No GP, claro, eu não vou estar sozinho”, disse Button. “Terei toda a minha família e meus amigos ao meu redor, o que vai ajudar muito. Mas será incrivelmente difícil, quer seja uma corrida boa ou ruim. Mesmo com todas aquelas pessoas lá, será difícil, não importa o que aconteça. Eu gostando ou não, ele era sempre a última pessoa a me cumprimentar ou a me abraçar antes de eu entrar no carro. Vou sentir muita falta disso”, frisou. 
 
“Se eu chegar ao pódio, será incrivelmente emocional. E se tudo correr mal e tivermos uma corrida ruim, também será emocional, porque ele não vai estar lá para me amparar”, comentou Jenson.
 
Esperando viver momentos intensos na Austrália, Button reconhece que este não será o único fim de semana difícil na temporada. “Sempre tiveram aqueles momentos que tinha uma corrida ruim e ele aparecia para colocar tudo em perspectiva. Isso me incomodava de certa forma, pois eu sabia que ele estava certo, mas quando seu pai tenta te dizer alguma coisa, é sempre difícil quando você está de mau humor. Será um fim de semana muito emotivo. E não será o único neste ano”, reforçou. 
 
Por fim, Jenson falou sobre as mensagens que recebeu desde a morte de John. “Foram dois meses bem estranhos”, resumiu. “Eu poderia dizer horríveis, mas, de certa forma, foram bons – as mensagens de condolência e o pensamento das pessoas sobre o meu pai, coisas que eu nunca soube sobre ele”.
 
“Foi muito especial nesse sentido e para ver quantas pessoas ele tocou”, declarou. “Alguém me escreveu uma linda mensagem, dizendo: ‘A vida de todos os outros voltará ao normal, mas não a sua. Mas não se sinta culpado por rir ou sorrir, pois é exatamente isso que ele iria querer’. Achei uma mensagem adorável”, revelou. 
 
“Quando você está longe das corridas e longe das pessoas, é quando dói. É como um punhal no coração”, concluiu.
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