Após ouvir envolvidos, comissários enviam relatório de teste da Pirelli com Mercedes para Tribunal da FIA

Depois de ouvir a Ferrari, Red Bull, Pirelli e Mercedes, comissários do GP de Mônaco encaminharam um relatório sobre o teste realizado pela fornecedora de pneus com a equipe de Brackley para o Tribunal Internacional da FIA (Federação Internacional de Automobilismo)

As imagens do domingo de F1 em Monte Carlo 
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O mundo da F1 foi sacudido na noite do último sábado (25) com a notícia de uma bateria de três dias de testes secretos focados nos pneus realizados pela Mercedes no circuito de Barcelona, logo após o GP da Espanha. A sessão na Catalunha foi realizada a pedido da Pirelli.
 
A prática, no entanto, não é inédita nesta temporada, já que, de acordo com relatos da imprensa britânica, a Ferrari completou um exercício semelhante após o GP do Bahrein. Ao contrário do que aconteceu na Catalunha, entretanto, o time vermelho utilizou um bólido de 2010, enquanto a equipe de Brackley colocou na pista o W04, o modelo deste ano. 
Teste da Mercedes é a nova polêmica envolvendo a Pirelli (Foto: Pirelli)
Sentindo-se prejudicadas com o teste, Ferrari e Red Bull acionaram os comissários do GP de Mônaco, que ouviram as partes envolvidas logo após a corrida de Monte Carlo, que justamente foi vencida por um piloto da Mercedes – Nico Rosberg. 
 
“Depois de ouvir e coletar informações, os comissários escreveram um informe para a FIA para que seja levado ao Tribunal Internacional”, disse a Federação Internacional de Automobilismo em um comunicado. 
 
De acordo com a entidade, o teste realizado em Barcelona só é passível de punição se foi coordenado pela Mercedes e se a Pirelli não ofereceu às demais escuderias da F1 a mesma oportunidade. 
 
“Dentro do contrato que a Pirelli tem com a FIA como fornecedora única, há a previsão para que eles completem 1000 km de teste com qualquer time – desde que ofereçam para todos os times a chance de fazê-lo”, escreveu a entidade. 
 
Mais cedo, a FIA confirmou que foi questionada pela Pirelli em maio sobre a possibilidade de utilizar um carro da atual temporada em um teste, mas alegou que autorizou o exercício desde que certas condições fossem cumpridas. 
 
Além disso, a entidade afirmou que após esta consulta inicial, não recebeu mais nenhuma informação sobre o teste, nem mesmo a confirmação de que a oferta teria sido feita às demais equipes. 
 
“A Pirelli e a Mercedes foram avisadas pela FIA que tal teste de desenvolvimento poderia ser possível se organizado pela Pirelli, ao invés da equipe que forneceu o carro e o piloto, e tal teste seria condicionado ao fato de que todas as equipes tivessem a mesma oportunidade de testar, para garantir a completa igualdade esportiva”, reforçou. 
 
Diretor-esportivo da Pirelli, Paul Hembery, alegou que tinha oferecido o teste para outras equipes, mas que a Mercedes foi a primeira a aceitar. “Fizemos isso antes com outra equipe e também pedimos para outra equipe para fazer o mesmo trabalho”, afirmou. 
 
Ross Brawn, chefe da Mercedes, acompanhou o dirigente da marca italiana, e disse que a Pirelli tinha pedido a ajuda de outros times, mas ninguém se dispôs a ajudar. 
 
“A Pirelli tem pedido ajuda aos times há 12 meses, e as pessoas não estão apoiando”, declarou. “Existem muitos comunicados da Pirelli aos times pedindo que eles fizessem 1000 km por eles, e nós obviamente tivemos um problema no Bahrein com Lewis [Hamilton], que nos deixou ansioso – então fizemos um esforço para ajudá-los. Ninguém mais parece ter feito isso”, comentou. 
 
O julgamento do Tribunal Internacional da FIA não vai afetar o resultado do GP de Mônaco, uma vez a vitória de Rosberg já foi validade pela entidade. 
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