Após aposentadoria de Rosberg, Mercedes fala em ter pilotos como ‘plano B’ para evitar novas surpresas na F1

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O mundo da F1 foi pego de surpresa com a surpreendente decisão de Nico Rosberg de abandonar o esporte apenas cinco dias depois de ter sido campeão mundial de F1 em Abu Dhabi. A Mercedes também não esperava e foi pega ‘com as calças na mão’ e se viu em meio a um sufoco para buscar um substituto. Pascal Wehrlein, reserva imediato de Rosberg e Lewis Hamilton, despontou como primeira opção, mas a Mercedes, temendo pela sua pouca experiência na categoria, teve de buscar na Williams um acordo para trazer Valtteri Bottas. A engenharia foi complexa e compreendeu o retorno do então aposentado Felipe Massa à F1, além de uma compensação financeira à tradicional equipe de Grove.

 

Mas a Mercedes aprendeu que é preciso ter cartas na manga para não ser surpreendida novamente. Por isso, mesmo sabendo que o contrato de Hamilton vale até o fim do ano que vem, a equipe chefiada por Toto Wolff quer garantir que não vai mais passar pelo sufoco do ano passado. Por isso, se cerca com um ‘plano B’ e até um ‘plano C’. Os nomes em questão, obviamente, não são revelados, mas a Mercedes já sabe o que fazer caso Hamilton deixe a equipe ao fim desta temporada ou não renove ao fim de 2018.

 

“Certamente há um componente na F1 em que você precisa ter uma solução alternativa, um plano B. Mesmo um contrato não necessariamente significa que tudo vai ser como está escrito”, salientou o dirigente austríaco em entrevista à revista britânica ‘Autosport’. 

“Pode haver uma mudança de circunstâncias. O que temos agora é um plano A e, então, obviamente há várias possibilidades depois porque o mercado de pilotos muda muito em 2018 e 2019. Então é importante considerar os planos B e C”, comentou Wolff, falando sobre o quão difícil é lidar com o mercado de pilotos, ainda mais em uma época em que uma grande ‘dança das cadeiras’ pode acontecer nos próximos anos.

 

“É algo muito complexo. Há muitas possibilidades sobre um piloto poder se colocar. Certamente, um monte de pilotos que gostariam de correr pela Mercedes. Então você deve considerar todos os cenários”, explicou.

 

Wolff lembrou o sufoco vivido pela Mercedes no ano passado depois de ter sido pega de surpresa com a decisão de Rosberg. “É mais fácil resolver os problemas que você está vendo. Mas o Nico saiu do nada, no momento em que a maioria dos pilotos já tinha contratos para o ano seguinte. Não foi fácil”, recordou.

 

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“Sabíamos que tínhamos o Pascal como possibilidade, mas ele era muito novo para ser queimado em um carro capaz de vencer corridas contra o melhor piloto do grid. Valtteri era nosso principal candidato, mas, claro, a Williams queria muito mantê-lo. E não foi o único fator, também tivemos de concordar em fazer uma compensação financeira à Williams”, disse o dirigente, que recordou também os inúmeros questionamentos que surgiram na imprensa desde então.

 

“Com quem eles vão fechar? O que vai acontecer com Pascal? Ao mesmo tempo, o contrato de Nico se encerrava. Finalmente, ter alcançado o que nós alcançamos com nossa opção preferida foi algo bom”, complementou Wolff, feliz por ter escolhido Bottas como substituto de Rosberg na temporada 2017 da F1.