Alonso tenta amenizar críticas e se diz feliz com projeto. Mas hesita em confirmar permanência na McLaren em 2016

As duras críticas de Fernando Alonso via rádio ao desempenho da McLaren Honda no GP do Japão foram suavizadas pelo próprio espanhol após a corrida. Segundo ele, a frustração se dá dentro do cockpit: fora, ele consegue ver o esforço da equipe. Mas ficará em 2016?

Em uma entrevista logo após o GP do Japão deste domingo (27), a pergunta é feita para Fernando Alonso: "Feliz em continuar onde está?"

"Estou feliz, sim", respondeu o espanhol, 11º colocado.

Minutos depois, diante da câmera de outro canal de TV. "Você vai continuar na F1 em 2016?" 

"Eu não sei… Minha intenção é ficar e vencer", hesitou. Isso com Ron Dennis, presente em Suzuka, deixando claro que o contrato de ambos os seus pilotos é válido por três anos.

Alonso reclama demais do carro da McLaren durante corrida na casa da Honda (Foto: Reprodução TV)

A frustração de Alonso com a McLaren Honda ficou ainda mais evidente durante a corrida em Suzuka. Diante dos principais dirigentes da Honda, no circuito da marca japonesa, ele bradou pelo rádio que o motor do seu carro era um "motor de GP2". Antes, ao ser ultrapassado por pilotos da Toro Rosso e da Sauber, já havia expressado seu contentamento: "É vergonhoso".

Mas, uma vez fora do carro, Alonso tentou amenizar. A frustração fica dentro do carro. Foi o que ele disse à emissora britânica Sky Sports.

“Não, definitivamente não tem muito para curtir. Ser ultrapassado como nós somos nas retas, os caras chegando nas curvas… Eles te passam no meio da reta, nem mesmo no ponto de frenagem", lamentou.
 
Porém, Fernando, é possível brigar por títulos com a McLaren Honda? “Sim, definitivamente, este é o único time que vai desafiar a Mercedes em um futuro próximo. Mas, no momento, é difícil pois não temos os brinquedos para chegar neles. Temos que garantir que sabemos quais são os problemas, mergulhar nas soluções e voltar no próximo ano. Mas, sem dúvida, é frustrante lá dentro do carro.” 
 
“Em dias como hoje, você se sente envergonhado. O pacote deveria ser mais competitivo. Melhoramos em relação ao abandono duplo de Cingapura, consertamos o superaquecimento. Do ponto de vista da confiabilidade, melhoramos um pouco”, celebrou. Em seguida, ele se dirigiu ao motorhome da McLaren, onde foi recebido com um abraço pelo diretor de corridas, Éric Boullier.

No Twitter, Alonso adotou o mesmo tom.

Diretor-executivo da McLaren, Dennis evitou bater de frente com as afirmaçãos de Alonso pelo rádio. "Não é muito construtivo. Não consigo ficar muito satisfeito. Sou conivente com isso? Não. Vou entrar no tiroteio? Não", minimizou.
 
Boullier destacou como mensagens como essas de Alonso pelo rádio tornam sua missão mais difícil. Contudo, deixou claro que a ida ao Japão vai servir para ajudar a McLaren a entrar no rumo certo. “Sim, é a minha grande preocupação manter todos não animados, mas motivados. Essas últimas semanas foram de trabalho, muito tempo no Japão, o resultado disso vai ser produtivos. Nós nos reunimos muitas vezes com a Honda nas últimas semanas e temos um entendimento melhor para o médio prazo”, disse o francês.

A próxima etapa do Mundial de F1 acontece em Sochi, na Rússia.

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