Alonso exalta necessidade de “concentração e talento” em Mônaco, mas reflete: corrida é “como jogar um dado”

Uma corrida técnica, talvez a mais técnica do calendário, mas que ao mesmo tempo pune azarados e premia sortudos. Essa foi a forma que Fernando Alonso encontrou para definir o GP de Mônaco, próxima prova da temporada 2018 da F1. O espanhol vai se esforçar, mas sabe que a corrida pode ser uma questão de estar no lugar certo na hora certa.

 

“Mônaco é uma dessas pistas que tende a nivelar o pelotão, e isso é mais ou menos como jogar um dado. Como vimos na Espanha, mesmo uma classificação boa não significa que você não vai ser vítima de um drama que pode bagunçar as coisas”, definiu Alonso, recordando o acidente de Romain Grosjean em Barcelona. “Mas nós precisamos maximizar o sábado para depois lutar com tudo no domingo e somar o maior número possível de pontos”, seguiu.

“Esse é um dos circuitos mais desafiadores do ponto de vista técnico, simplesmente por causa do nível concentração e talento que você precisa para encaixar volta após volta 78 vezes. Isso além de negociar com tráfego, estratégia, clima e tudo que essa corrida louca joga para você”, continuou.

 

O chefe Éric Boullier, por sua vez, avalia outro aspecto como importante: a necessidade de não sofrer qualquer problema mecânico, seja no sábado ou no domingo.

 

“Essa pista, mais do que qualquer outra, divide quem pode de quem não pode. Vai ser ótimo ver o Fernando de volta ao cockpit nesse circuito com o Stoffel e estamos interessados em ver o desempenho das nossas atualizações. Nem é preciso dizer que a confiabilidade é fundamental em Mônaco. Como a tendência é ter uma dose de drama, terminar com os dois carros intactos é o primeiro passo”, encerrou.

 

Alonso chega a Mônaco embalado por um bom começo de campeonato em 2018. O espanhol é sétimo no Mundial de Pilotos, pontuando em cada um dos cinco GPs até aqui. Em Monte Carlo, Fernando soma duas vitórias e quatro pódios.