Alonso afirma que “ser um pouco ator” e egocentrismo são qualidades essenciais para sobreviver na F1

Em franca entrevista concedida ao site da F1, Fernando Alonso falou sobre os bastidores da sua preparação durante os fins de semana de GP, as qualidades que chefes de equipe e parceiros de time precisam ter e o que julga ser necessário para sobreviver na mais importante categoria do automobilismo mundial: “Haverá sempre situações em que você tem de ser meio fake”

Já se vão 15 anos da estreia de Fernando Alonso na F1. De 2000 para cá, o espanhol já provou quase tudo o que o ápice do esporte a motor pode oferecer: o noviciado na Minardi, os anos de ascensão e conquistas na Renault, a glória de dois títulos mundiais e 32 vitórias na sua laureada carreira, o prazer de ser piloto de lendárias equipes como McLaren e Ferrari e também o gosto amargo das derrotas. Entre os pilotos em atividade nesta temporada 2015, Alonso é o segundo mais experiente do grid, ficando só atrás do seu atual companheiro de equipe, Jenson Button, que está em sua 16ª temporada.

Em entrevista ao site oficial da F1, Fernando falou sobre o que considera essencial para viver e sobreviver no ambiente extremamente competitivo da categoria. “Às vezes você precisa ser ator um pouco. Haverá sempre situações em que você tem de ser meio fake. Então você precisa de algumas qualidades em atuação para fazer seu dia. Você também precisa de uma boa quantidade de egocentrismo, não necessariamente arrogância, mas algo para que você tenha o respeito dos seus pares”, declarou o piloto campeão do mundo em 2005 e 2006, pela Renault.

Fernando Alonso disse que às vezes precisa "ser um pouco ator" para sobreviver na F1 (Foto: AP)

Entre outros pontos interessantes, a entrevista abordou a opinião de Alonso sobre o que o espanhol de 34 anos considera essencial em um chefe de equipe. Em sua longa carreira, Alonso já foi chefiado por nomes como Paul Stoddart, Flavio Briatore, Ron Dennis, Stefano Domenicali e Luca di Montezemolo e, novamente, pelo britânico Dennis neste seu retorno à McLaren.

“Sinceramente? Gosto de chefes que mantém as expectativas realistas. Em relação ao desenvolvimento e aos recursos que temos na equipe, é melhor que eles digam a verdade, já que nunca ajuda se eles quiserem motivar muito e, em seguida, decepcionar. Há alguns chefes que, por vezes, usam esse tipo de artifício, e isso não é para mim. Gosto que digam a verdade na minha cara”, afirmou.

Alonso também elencou as qualidades que um bom companheiro de equipe precisa ter para trabalhar bem com o asturiano. Ao longo da sua trajetória na F1, Fernando teve a chance de correr ao lado de pilotos como Tarso Marques, Alex Yoong, Jarno Trulli, Jacques Villeneuve, Giancarlo Fisichella, Lewis Hamilton, Nelsinho Piquet, Romain Grosjean, Felipe Massa, Kimi Räikkönen e Jenson Button. Com boa parte desses nomes, Alonso não chegou a ter uma relação das mais harmoniosas.

“Rápido, leal à equipe e que tenha um bom senso de humor. Passamos muito tempo juntos, então sempre haverá alguns momentos estressantes, não necessariamente entre ele e eu, mas na equipe. Assim, não um bebê chorão, mas alguém com um bom senso de humor. E isso ajuda muito”, afirmou.

Por fim, Fernando falou sobre o que considera essencial num circuito. “Gosto de curvas rápidas, só isso. Onde você pode levar o carro ao limite e tirar o máximo em termos de adrenalina. Suzuka possui tudo isso para mim”, destacou Alonso, que elegeu as melhores etapas para um fã da F1 acompanhar in loco: “Quanto à experiência de vida, Mônaco. Para um fã entusiasmado, Monza.”

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