Ainda no aguardo de detalhes sobre motores de 2021, Aston Martin espera decidir se entra na F1 em nove meses

Aston Martin segue num processo de estudo da nova regulação de motores para a partir da temporada 2021. Embora a marca inglesa ainda não saiba se haverá um teto orçamentário para produção de motores, ainda a Aston Martin segue em trabalho progressivo sobre o projeto e imagina divulgar uma decisão até fevereiro do ano que vem.

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A Aston Martin segue o processo de avaliação sobre uma possível entrada na F1 como fornecedora de motor a partir da temporada 2021, quando o Mundial passa a contar com novas regras. A marca já admitiu que, caso as regras contemplem um motor não tão complexo como o atual e mais barato, tem interesse. A única dessas características ainda sem confirmação é a questão financeira: o Liberty e a FIA não garantiram que haverá um teto de gastos na produção da unidade de força.

 
Os trabalhos de avaliação estão correndo naturalmente na marca inglesa, que atualmente é parceira da Red Bull. Para isso, a marca contratou Luca Marmorini, antigo chefe dos motores Ferrari e Toyota, como consultor. 
 
"Estamos ganhando ritmo, com certeza. Nada surgiu para desviar a probabilidade, não há nada que nos impeça de fazer isso, então vamos continuar estudando da melhor forma que pudermos para entender o contexto do que sabemos das regras – que ainda não estão detalhadas", afirmou Andy Palmer, o diretor-executivo da Aston Martin. "Podemos pelo menos aproveitar essa oportunidade agora", disse.
 
"O que não sabemos sobre as regras é o teto de custos, e isso é parte integral da nossa decisão de entrar ou não na F1. Não temos dinheiro para queimar. Precisa dar retorno melhor que, digamos, patrocínio direito [como faz hoje com a Red Bull]". Estamos avaliando algo na linha de horas limitadas no dinamômetro ou alguma forma de provocar um efeito monetário nas horas gastas. Algo assim", seguiu.
É oficial: Aston Martin e Red Bull ainda mais unidas a partir de 2018 (Arte: Red Bull)
Palmer admitiu que a cliente preferida para fornecer motor é a Red Bull, que estuda deixar a Renault no fim do ano para ser empurrada pela Honda durante o biênio 2019-20. Depois disso, caso a Aston Martin não seja a favorita da Red Bull, talvez esteja fazendo alguma coisa de errado.
 
"Estamos avaliando 2021, então ainda está longe. Mas, caso não possamos passar no teste 'Está OK para a Red Bull', então provavelmente estamos sendo reprovados no teste 'É competitivo'. Precisamos ser competitivos. Temos provavelmente nove meses de trabalho adiante para que fiquemos convencidos de uma coisa ou de outra. Você tem ferramentas de simulação e trabalho em cilindro único, e essas coisas te dão uma relação precisa entre o mundo dos testes e o mundo da simulação", falou.
 
O diretor também admitiu que a Aston Martin vai procurar a ajuda de uma companhia especialista em construir motores para carros de corrida, mas sem deixar de tomar as decisões mais importantes
 
"Traz autenticidade, não? Temos gente como Luca [Marmorini] como consultor trabalhando conosco e ajudando nas partes difíceis. Ele já fez isso antes, tem muita credibilidade e pode nos guiar. A maioria dos motores do mundo são feitos com ajuda de consultores. Há Cosworth, Ricardo, Ilmor, AVL, essas companhias que vivem disso", destacou.
 
"Não é fácil, mas não estamos olhando isso de um ingênuo ponto de vista 'É só um motor'. Mas somos uma fábrica de motores e projetamos motores. Nosso V12 é um exemplo disso, o motor Valkyrie também, então não estamos partindo da inércia. Eu achei que o caso da Honda mostra como é difícil, mas ao mesmo tempo agora vemos a Honda evoluindo", encerrou.
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