Acionista majoritário da F1 elabora ‘pacotão’ com pagamento extra de R$ 400 milhões a times menores

O CVC Capital, o maior acionista da F1, elaborou um plano para salvar as equipes menores do grid do Mundial. De acordo com o jornal inglês 'The Guardian', o grupo vai fazer um pagamento extra de R$ 400 milhões para ajudar no orçamento das esquadras

O grupo CVC Capital, acionista majoritário da F1, vai acionar um plano para tentar minimizar a crise financeira de alguns times do grid e deve fazer um pagamento extra de cerca de € 130 milhões (ou R$ 400 mi) para as equipes menores, como forma de ajudá-las a permanecer no esporte. A informação está em matéria do jornal inglês 'The Guardian' desta terça-feira (4).

Force India, Sauber e Lotus tiveram seus nomes envolvidos em um suposto boicote durante a etapa dos EUA, disputada no último fim de semana, em uma manobra para chamar a atenção para os seus problemas financeiros, na esteira da crise em que Marussia e Caterham mergulharam na semana passada. As duas sequer viajaram para Austin e também não participam do GP do Brasil, no próximo domingo.

Equipes menores podem receber pagamento extra para reforçar orçamento (Foto: Getty Images)

Ainda, outra publicação britânica, o 'The Times', revelou também que o boicote somente foi deixado de lado depois da intervenção de Donald Mackenzie, presidente da CVC, que ligou para Gérard Lopez, dono da Lotus, em Austin, e se comprometeu a buscar soluções.

As esquadras do grupo intermediário não escondem a preocupação com o aumento excessivo nos custos, a baixa receita de patrocinadores e a fase de queda de audiência televisiva do Mundial. Também durante a rodada norte-americana, as três equipes se reuniram com Bernie Ecclestone para discutir a situação.

Lopez confirmou que há um movimento do grupo dono da F1. "Eu sei que Bernie e a CVC estão de olho nisso. Será um pagamento básico [além do dinheiro pelas posições do campeonato] para os times menores, que essencialmente vão conseguir ter a chance de trabalhar dentro de um orçamento normal", contou o dirigente ao ‘The Guardian’.

"Para ser honesto, realmente não é algo complicado de fazer. Apenas requer boa vontade. O montante global que estamos discutindo, uma vez que seja dividido, não será algo tão grande. Existe um plano de construir uma proposta nos próximos dias. Eu acho que há uma chance de resolver tudo isso rapidamente, provavelmente teremos uma solução antes da corrida no Brasil. Nesse caso, eu não vejo razão para medidas mais drásticas", acrescentou.

Em 2013, o CVC e os demais acionistas retiraram uma parte considerável do lucro da F1, em um valor estimado em € 1 bi (ou R$ 3 bi). Pouco menos de € 640 milhões (R$ 1,9 bi) foram entregues às equipes como forma de premiação. Só que as esquadras maiores recebem uma parcela muito maior, devido ao desempenho nas pistas, além de acordos comerciais distintos.

As imagens do GP dos EUA de F1
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