Tricampeã de Equipes, Renault sai de cena como responsável direta pelo florescer da Fórmula E

A Renault ganhou três campeonatos de Construtores e mais de Pilotos, mas agora deixa o cenário da categoria com a irmã Nissan e foca operações na F1. É importante destacar o quão fundamental a montadora francesa foi na formação e sucesso da categoria dos bólidos elétricos

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O eP de Nova York do último fim de semana definiu os títulos da temporada 2017/18 para Jean-Éric Vergne e a Audi, além de colocar um ponto final à primeira geração de formato, chassis, baterias e as trocas carro. Talvez um pouco eclipsado por tudo isso está o adeus da Renault ao posto de equipe de fábrica. 

 
A conexão entre as duas companhias vai além da equipe alinhada no grid. Durante o período de formação da categoria, quando a Spark foi formada como uma empresa de cooperação entre várias outras companhias, é verdade que diversas marcas tiveram suas atribuições, mas a Renault virou a principal parceira tecnológica. A marca francesa, afinal, havia desenvolvido o Renault Z.E. (emissão zero, na sigla em inglês) e tinha o know-how da F1 para oferecer.
 
Quando, com carros, trens de força e calendário montado e a categoria confirmada, chegou a hora das equipes serem criadas, a Renault se interessou novamente. Numa parceria com a DAMS de Jean-Paul Driot, ofereceu toda a estrutura e orçamento da Renault Sport. Foi, assim, a primeira e única equipe de uma das fábricas gigantes na temporada inaugural.

É bem verdade que a Audi também lançou seu nome ao lado da velha parceria ABT, mas então apenas como uma parceria em questões de tecnologia. A ABT passou a operar no quartel general da Audi apenas em 2016 e demorou um ano mais para virar equipe de fábrica.

Os homens fortes da Renault – da esquerda para a direita: Gaillardot, Driot e Prost (Foto: Clement Marin / DPPI)

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A Renault, com seu vasto conhecimento em carros elétricos comparada às grandes rivais, não se furtou. Tinha lá a indiana Mahindra, a monegasca Venturi, mas ninguém com esse porte e alcance mundial. 

 
No paddock, era ninguém menos que Alain Prost o homem de confiança da Renault para comandar a equipe junto de Driot. Apenas naquela primeira temporada, a Renault embolsou quatro vitórias, sete pódios e um troféu de Equipes. 
 
O domínio para a segunda temporada estava claro. Foram mais cinco vitórias, nove pódios e o bicampeonato. Desta feita, o campeonato de Pilotos  também ficou com os franceses: Sébastien Buemi conseguiu superar um intruso Lucas Di Grassi por míseros dois pontos.
 
Depois, no campeonato 2016/17, Buemi sozinho venceu seis das primeiras oito corridas. Não ganhou o campeonato, ficou em segundo, mas foi o suficiente para o tricampeonato de Equipes. 
Durante estes anos, a DS Citroën passou a ter uma equipe oficial, a Jaguar e a Audi entraram como equipes de fábrica, a BMW passou a ser parceira tecnológica e será equipe a partir da próxima temporada. Mercedes e Porsche também anunciaram a entrada, mas só para 2019. A categoria já anda com as próprias pernas.
 
Neste período, a Renault voltou a ter uma equipe de fábrica na F1 e vai concentrar os esforços por lá. Pudera, o sucesso mostrado nos primeiros anos de FE ainda não apareceu nas três temporadas de volta ao Mundial de FE – embora a evolução seja óbvia. 
Sébastien Buemi (Foto Fia Formula E)
Enquanto isso, a Renault cede a parceria com a DAMS para a Nissan. Pode parecer estranho, mas tanto a montadora francesa quanto a japonesa pertencem à Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi desde 1999. 
 
A FE queria uma entrada maior no Japão e uma montadora japonesa. Com a troca, enfim, todos saem ganhando: a Renault, segue sendo parceira tecnológica da categoria e pode observar a evolução da tecnologia EV de perto; a FE pode se dar ao luxo de perder uma fábrica europeia agora que tem várias, mas precisava de uma japonesa; a Nissan, que desejava entrar há algum tempo, enfim entra no jogo dos bólidos elétricos.
 
A presença Renault pode até não ter diretamente recrutado a série de gigantes que se interessaram na sequência, tal como um canto da sereia, mas foi a mão de obra e conhecimento da fábrica francesa que permitiram que a FE vingasse e florescesse de tal forma e com tanta velocidade.
 
Agora que sai em direção a outros caminhos, é nada mais que justo que se reconheça a Renault como a grande força motriz da Era Romântica da FE.
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