‘Milagre’ da Audi mostra trabalho bem feito e sobe sarrafo para rivais alemães de entrada na FE

O começo foi vacilante, mas a recuperação impressionante da Audi mostra que a fábrica alemã está mais do que confortável na Fórmula E. Com BMW, Mercedes e Porsche prontas para entrarem no grid, caminho será árduo para alcançarem a rival nacional

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Depois das primeiras quatro corridas do campeonato 2017/18, a Audi tinha 11 pontos entre seus dois pilotos. A Techeetah tinha 89; a Mahindra, 87; a DS Virgin, 69; a Jaguar, 54; a Renault, 44. E por aí afora. Era impensável imaginar que a equipe alemã terminaria o campeonato como foi neste domingo (15): campeã de Construtores

 
Aquele começo foi um tanto quanto assustador. Afinal, se enquanto ABT, uma equipe privada e com parcerias com a Audi, os resultados eram bons e até com um título do Campeonato de Pilotos, os primeiros dias com a fábrica alemã foram péssimos. Erros bobos, quebra de carros e um chefe, no ex-piloto Allan McNish, um tanto quanto inexperiente no cargo. A Audi tinha atrasado a operação?
 
A fábrica de Ingolstadt encontrou e solucionou problemas, ajustou estratégias e passou a colocar na pista o melhor carro do grid em ritmo de corrida. Nas oito últimas corridas do campeonato, 11 pódios – em todas as provas, inclusive – e quatro vitórias. O bote pelo campeonato veio na prova derradeira em Nova York.
Allan McNish (Foto: Audi)
É verdade que as mudanças para a quinta temporada da FE serão múltiplas, mas a Audi está na categoria desde o começo. A operação passou a ser 100% de fábrica em 2017/18, sim, mas a experiência é muito mais longa. As rivais alemães estão chegando, mas são elas, não a Audi, quem precisam se preocupar.
 
A BMW até passou por um ano de parceria com a Andretti antes de virar equipe de fábrica, o que acontece na próxima temporada, mas a Porsche e a Mercedes ainda começam a preparação para 2019/20. Na briga de foice que é o mercado alemão, vão precisar correr atrás da Audi.
 
"Não percebemos que tínhamos uma chance até conseguirmos a dobradinha ontem", disse o chefe McNish. É simplesmente incrível", falou. Di Grassi também mostrou a incredulidade: "é nada menos que um milagre".
Jean-Éric Vergne com o troféu e o sol que surgiu durante a tarde (Foto: Audi)
Campeão como a França
 
Jean-Éric Vergne voltou para mais um título, o de Construtores. E fez o que deu: pulou para a ponta na largada e segurou Di Grassi quando ele atacou. Venceu a corrida, mas com André Lotterer punido por queimar a largada e anotando só dois pontos, não foi possível. Mesmo assim, uma vitória mais para fechar o ano.
 
"Grande fim para esse campeonato. Espero voltar para brigar de novo ano que vem", disse o francês. "Larguei muito bem, minha melhor largada na carreira. Tentamos ganhar o título de Equipes, mas não foi possível hoje", seguiu.
 
Com o segundo lugar, Di Grassi destacou o quão impressionante foi o feito de levar a Audi ao título.
 
"Corrida incrível, JEV foi muito bem, parabéns para ele. Sabíamos na segunda parte da corrida que se terminássemos em segundo e terceiro, seríamos campeões, então tive calma. Ser campeão depois do começo que tivemos é totalmente inesperado", afirmou.
 
"É nada menos que um milagre voltar de tão atrás. Fazer isso para mim é incrível. Eu nunca guiei tão bem, nem quando ganhei o campeonato. Não cometi nenhum erro no campeonato, são sete pódios seguidos e agora um fim de semana fantástico. Estou muito feliz", terminou.
 
Terceiro foi Daniel Abt, que possibilitou a conquista ao segurar a pressão de Sébastien Buemi. 
Nelsinho Piquet (Foto: Jaguar)
Nos pontos
 
Quem terminou a temporada de volta à zona de pontos foi Nelsinho Piquet. Na sétima colocação, Piquet voltou a pontuar após seis corridas fora dos pontos – cinco delas com abandono. Foi um final para garantir o top-10 do campeonato.
 
"No sábado, estava em um bom ritmo e o pit-stop foi OK, até ultrapassei o carro da Venturi na saída, mas o carro apagou por um problema no software. Foi frustrante, porque provavelmente iriamos ficar na quarta posição, talvez até desse para brigar com o Buemi pelo pódio", falou. 
 
"Hoje na classificação eu fui cauteloso por causa da chuva, fiz uma volta segura, Na corrida, larguei bem e o ritmo era bom até pouco antes da troca de carro. Na segunda metade da corrida, estava melhor e consegui atacar o Heidfeld no finalzinho. Agradeço à equipe pelo trabalho nesta primeira temporada e estou ansioso para o começo do novo campeonato", encerrou.
 
Agora resta esperar. A FE volta totalmente repaginada em dezembro.
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