Di Grassi conta com problema dos carros da e.dams para vencer em Putrajaya e assumir liderança do campeonato

Lucas Di Grassi bateu a e.dams e os problemas de confiabilidade que a equipe francesa mostrou. Provavelmente não aconteceu como o brasileiro esperou, mas Di Grassi entrou na briga e é líder da F-E

"É por isso que eles jogam os jogos". Essa é uma frase comum sobretudo nos esportes coletivos, mas é perfeita para Lucas Di Grassi após este eP de Putrajaya do sábado (7). Se fosse levar em conta as expectativas de véspera, Lucas nem sequer teria motivo para disputar com as a.dams. Mas ele foi, fez uma corrida virtualmente perfeita e contou com a sorte. Assim, quebrou a corrente francesa e venceu na Malásia.

É claro que o calor infernal próximo dos 40ºC de Putrajaya contribuiu para os muitos problemas de confiabilidade da corrida – inclusive os da e.dams -, mas isso pouco importa. O que vale, na realidade, é coletar os pontos que estão disponíveis. Di Grassi sabe que não tem ideia quando uma chance como essa vai se apresentar de novo, então tirou o melhor do que encontrou na Malásia.

Após uma classificação risível, Sam Bird fez uma excelente corrida. Aliás, os dois primeiros colocados de 2014 foram repetidos este ano, apenas com a ordem invertida. Bird era o sétimo colocado a cinco voltas do fim, quando então passou Nicolas Prost, António Félix da Costa, Loïc Duval e Robin Frijns, além de ganhar a posição de Jérôme D'Ambrosio, que bateu a duas voltas do fim.

Lucas Di Grassi, com Sam Bird e Robin Frijns: o pódio de Putrajaya (Foto: Andretti)

 Frijns vinha numa prova limpa e excelente até passar por Duval e assumir o terceiro lugar. Aí bateu no muro e caiu para trás do francês. Quando tentou passar de novo, então já todo torto, tomou a passada de Bird. Mas ganhou a posição de Duval, que estava ali parado na pista e foi ao pódio depois da batida de D'Ambrosio. É um belo começo para o holandês na F-E.

 
Stéphane Sarrazin e Bruno Senna, que tiveram começos turbulentos, foram quarto e quinto em boas recuperações. António Félix da Costa conseguiu vencer seu carro, que parecia querer parar para descansar, e Daniel Abt, Nelsinho Piquet – com estratégia certeira -, Nick Heidfeld e Nicolas Prost, encerraram o top-10.
As e.dams sofreram. Sébastien Buemi liderava com sobras, mas ficou lento. Era, como Alain Prost diria depois, um problema de software. Ele foi aos boxes – e Nicolas Prost também, chamado uma volta antes por cautela. Enquanto a corrida de Buemi ficou comprometida – e depois encerrada pelo mesmo problema -, Prost foi à liderança, mas com problemas de energia. Para se poupar, passou a andar mais lento. No fim das contas, deu sorte em ao menos pontuar.
 
A F-E volta em 19 de dezembro, em Punta del Este, no Uruguai.
Di Grassi (Foto: F-E)

Confira como foi a corrida:

 
Antes mesmo da largada, a confusão já começou: Stéphane Sarrazin ficou com o carro travado e a partida precisou ser abortada. Assim, uma cena hilária para abrir a corrida, a dos fiscais empurrando o carro da Venturi lá do segundo posto no meio do grid e para os boxes.
 
Quando a largada de fato aconteceu, Jean-Éric Vergne não fez a curva um e deu no meio de Nick Heidfeld. Pior para o francês, que ficou com o carro torto – quebra da suspensão dianteira e fim de prova. 
Na terceira volta do que era uma prova até morna, Oliver Turvey não fez a curva e se encontrou com o muro. Safety-car chamado para a retirada do #88 da China. 
 
Ainda com a competição parada, a transmissão oficial da F-E mostrou Bruno Senna sinalizando um problema no rádio para a Mahindra. Assim que a bandeira verde foi acionada, ele precisou reiniciar o carro e perdeu um caminhão de posições.
 
Era a nona volta quando aconteceu. Buemi abria, mas Duval era atacado por Félix da Costa. Logo atrás, Nicolas Prost acelerou com Lucas Di Grassi a tira-colo e passou Félix da Costa. O piloto da Audi ABT atacou, mas não foi. Foi o espaço, também, que Duval precisou para ganhar um pouco de distância para Nico.
Até que na 15ª volta, Buemi, tranquilo na frente, teve uma pane no carro e passou a andar em ritmo muito lento – se tratava de um problema de software, informou Alain Prost. Por sorte, não parou completamente na pista e pôde ir aos boxes, mas com situação difícil. Prost, ainda com bateria para mais uma volta, por precaução, também foi. 
E então, nas quatro voltas seguintes, quase todo mundo foi aos boxes – à exceção de Piquet, que apesar dos pesares ainda consegue gerenciar a energia como ninguém. Na frente, Di Grassi ganhou a posição de Duval e na 19 passou por Félix da Costa. Mas Prost estava na frente, agora liderando.
Piquet, impressionantemente, parou apenas na 21ª volta. Com tudo restabelecido, Prost, Di Grassi, Félix da Costa, Duval, Jérôme D'Ambrosio, Robin Frijns, Sam Bird, Heidfeld, Buemi e Daniel Abt eram os dez primeiros. Heidfeld até vinha na frente de Bird, mas escorregou e tocou de lado no muro.
 
Para Nelsinho, a estratégia significou ganhar as posições de Jacques Villeneuve, Nathanaël Berthon e Simona.
 
Só que a parada de Prost antes do que estava prevista acabou tornando tudo dramático para o francês. Com menos energia, ele precisava economizar. Na volta 24, tentava fazer isso, mas Di Grassi deu o bote. Nove voltas para o fim, liderança para Lucas.
 
Uma volta depois, Félix da Costa foi para cima e passou. E uma depois disso, o português parou na pista. Prost recuperou a segunda posição apenas momentaneamente, porque Duval logo passou também.
 
A Aguri de Félix da Costa voltou, mas parou de novo. E voltou. A tecnologia…

Enquanto isso, Prost ia ficando para trás. D'Ambrosio passou, assim como Bird e Frijns. E Duval? O segundo colocado foi tendo problemas. O calor malaio manda lembranças. Frijns o passou, mas errou e foi ao muro. Mesmo com o carro completamente torto, se recuperou e passou de novo – não sem antes criar espaço para Bird passar os dois por fora – e se manteve até o fim. Duval, com a suspensão traseira esquerda danificada, abandonou.
Antes que Buemi pudesse passar o companheiro, o #9 parou na pista – agora de vez. Fim de corrida para o então líder do campeonato. Para completar a corrida miserável da e.dams, Prost foi caindo para trás. Foi décimo e com sorte.
 
Sorte porque D'Ambrosio bateu no muro na última volta, deixando a segunda colocação com Bird e o último posto do pódio com Frijns e a Andretti.
 
Senna, que parecia estar numa corrida péssima, ainda passou por Heidfeld no fim e ficou com o quinto lugar. Sarrazin, depois de largar dos boxes, foi quarto. Félix da Costa e a Aguri pisca-pisca foram sexto, com Abt, Nelsinho Piquet em bela prova, Heidfeld e Prost encerraram o top-10. Apesar de tudo, Buemi fez a volta mais rápida e garantiu mais dois valiosos pontinhos.

F-E, eP de Putrajaya, classificação final:

1 LUCAS DI GRASSI BRA AUDI ABT 33 voltas  
2 SAM BIRD ING VIRGIN +13.884  
3 ROBIN FRIJNS HOL AMLIN ANDRETTI +29.776  
4 STÉPHANE SARRAZIN FRA VENTURI +32.628  
5 BRUNO SENNA BRA MAHINDRA +34.404  
6 ANTONIO FÉLIX DA COSTA POR AGURI +36.925  
7 DANIEL ABT ALE AUDI ABT +37.283  
8 NELSINHO PIQUET BRA CHINA +40.623  
9 NICK HEIDFELD ALE MAHINDRA +52.904  
10 NICOLAS PROST FRA E.DAMS +53.695  
11 JACQUES VILLENEUVE CAN VENTURI +58.698  
12 SÉBASTIEN BUEMI SUI E.DAMS +1:07.728  
13 SIMONA DE SILVESTRO SUI AMLIN ANDRETTI +1:24.464  
14 JÉRÔME D'AMBROSIO BEL DRAGON +1 volta NC
15 NATHANAËL BERTHON FRA  AGURI +1 volta  
16 LOÏC DUVAL FRA DRAGON +4 voltas NC
17 OLIVER TURVEY ING CHINA +29 voltas NC
18 JEAN-ÉRIC VERGNE FRA VIRGIN +33 voltas NC


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