Com carro mais dominante da Audi na FE, Di Grassi vive melhor sequência no campeonato. Mas auge técnico veio antes

Lucas Di Grassi vive louros de um carro impressionantemente rápido montado pela Audi após um começo de temporada tenebroso - e tem sabido aproveitar de forma exemplar, anotando 98 pontos nas últimas cinco corridas. No entanto, a melhor forma técnica foi aquela em que precisou roer o osso da poeira que Buemi deixava - e fez de maneira perfeita até ser campeão

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São 98 pontos nas últimas cinco etapas do campeonato, sendo uma vitória e quatro segundos lugares, colocam Lucas Di Grassi numa prateleira específica e um tanto quanto rara num campeonato de carros de corridas: forma, junto da Audi, o melhor casamento piloto + equipe da temporada neste momento ainda que não tenha qualquer chance de título. É uma sequência simplesmente impressionante.

 
Coincidentemente, é a única vez na história da categoria que Lucas está fora da briga pelo título. Nas três primeiras temporadas, chegou ao confronto derradeiro com possibilidades matemáticas. Nesta jornada da maior sequência, não. São 62 pontos de desvantagem para Jean-Éric Vergne e, por mais decepcionante que isso possa ser, Di Grassi terá Nova York como palco para tentar colocar um ponto de exclamação na segunda metade do campeonato enquanto assiste de camarote a Vergne e Sam Bird se digladiarem pelo título.
 
Antes de série atual, a sequência mais impressionante de Di Grassi foi a que compreendeu os corridas entre Buenos Aires e Berlim na segunda temporada da categoria. Naquela oportunidade, 80 pontos, entre duas vitórias, dois P3 e uma desclassificação. É bem verdade que a desclassificação, na Cidade do México, foi após uma vitória que teria embalado três triunfos consecutivos. E também é verdade que a desclassificação foi por um erro bobo da equipe, que liberou o carro abaixo do peso mínimo. 
 
A Audi ABT tinha uma máquina velocíssima naquele momento, embora a impressão sempre tenha sido que a Renault e.dams era superior na maior parte do tempo. A questão é que hoje, na quarta temporada da FE, as operações são mais sofisticadas e para ser superior após um começo claudicante é necessário uma correção de curso caprichada. Algo que a Audi fez não apenas com Di Grassi.
Lucas Di Grassi venceu na Suíça (Foto: Reprodução)

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Do México para cá o campeonato tem seis provas, três delas vencidas pela equipe: duas por Daniel Abt. Esteve no pódio todas as vezes e, após marcar 11 pontos – todos com o alemão – contra 89 da Techeetah, chega à etapa final ainda viva pelo Campeonato de Equipes.

 
Os dados expostos mostram o crescimento da Audi e a força do carro que Di Grassi possui. O piloto que marcou zero ponto nas primeiras quatro etapas é um dos três únicos a cruzar a marca centenária após dez fins de semana.
 
Embora Lucas esteja numa sequência impressionante de ritmo de corrida após posições de largadas que não vivem do mesmo brilhantismo, a melhor sequência da carreira na FE é mais um fruto do carro dominante da Audi. Não foram muitas as vezes em que a equipe alemã teve uma série de corridas com superioridade para todo o resto do grid, sobretudo a Renault. 
 
Na primeira temporada da ABT como equipe de fábrica da Audi, a equipe alemã se viu às voltas com problemas crônicos de confiabilidade no trem de força no começo da temporada. Foi um fator que escondeu o alto orçamento da fábrica de Ingolstadt para 'chegar chegando' na categoria. Na temporada em que uma geração de carros sai de cena, a Audi se negou a pensar no futuro antes da hora.
Lucas Di Grassi no eP de Berlim (Foto: Audi Communications Motorsport)
Di Grassi teve momentos técnicos incríveis em outras temporadas. Na temporada 2016/17, a do título, beliscou uma vitória e foi ao pódio seis vezes nas oito primeiras provas do campeonato, entre Hong Kong e Berlim. Menos que agora na contagem total de pontos, sim, mas era o que dava. Sébastien Buemi venceu seis dessas e tinha um carro amplamente superior. Di Grassi levou o título com duas vitórias contra seis do rival suíço, o que mostra a regularidade absurda que apresentou. Foi ali, mesmo com menos pontos, que apresentou o auge técnico na categoria.
 
Agora, despede-se dos carros que estreou nas pistas há alguns anos, quando a FE era uma concepção. Em alta, com a equipe esperando a sorte sorrir para bater a carteira da Techeetah, se possível. E já causar medo geral para o vem por aí com o Gen2.
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