Audi entra nos eixos e busca ‘milagre’ no Campeonato de Equipes após show em Berlim. E Vergne tem match point #1

Embora 44 pontos atrás com três corridas para o fim do campeonato, a Audi tem uma esperança renovada de superar a Techeetah na disputa pelo Campeonato de Equipes após conquistar o primeiro fim de semana perfeito da história da categoria: P1, P2, pole e volta mais rápida. Enquanto isso, Jean-Éric Vergne pode ser campeão já na próxima etapa, em Zurique, caso abra mais 19 pontos para Sam Bird

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Em território alemão, a Audi fez o que foi simplesmente uma corrida perfeita. Na realidade, a primeira corrida perfeita da história de uma equipe na Fórmula E nestes quatro anos. Daniel Abt anotou a pole, a melhor volta, venceu e Lucas Di Grassi faturou o segundo lugar. Ou seja, a Audi saiu no traçado do Tempelhof com 47 pontos. Seria impossível pontuar mais que isso. 

 
É verdade que Berlim não é exatamente a cidade da Audi – que é de Ingolstadt e está ao sul do país, mais de 500 km longe da capital -, mas jamais alguém esteve tão em casa. Não é uma zebra, mas uma tendência. A Audi tinha 12 pontos com muitos problemas nos carros nas quatro primeiras etapas. Fazia uma campanha próxima ao vexatório. De lá para cá, nas últimas cinco etapas do campeonato, marcou mais pontos que todas as rivais.
 
Foram, levando ao pé da letra, 150 pontos na soma do que fizeram Di Grassi e Abt nas etapas da Cidade do México, Punta del Este, Roma, Paris e Berlim. A Techeetah, líder do Campeonato de Equipes, marcou 116 neste período com a dupla Jean-Éric Vergne e André Lotterer. O resto das equipes sequer chegou perto. 
 
Se desde cedo na temporada era evidente que o monoposto da marca alemã era extremamente rápido, a confiabilidade demorou muito a acompanhar. Mesmo assim, com o desempenho recente coroado ao show de Berlim, a Audi tem mais três corridas para buscar um milagre. No total do campeonato, tem 161 pontos contra 205 da Techeetah: são 44 pontos para tirar num universo de 141 ainda em disputa. 
 
A maior necessidade é ter Abt e Di Grassi regulares, como aliás estão sendo. Lucas alcançou na Alemanha o quarto P2 seguido, enquanto Abt venceu duas das cinco últimas etapas. A Techeetah é favorita e ainda é por pouco, mas a Audi enche o peito de coragem para tentar o milagre de tomar no fórceps um título que persegue desde o começo do campeonato e ainda não conseguiu comemorar.
Daniel Abt venceu de ponta a ponta eP de Berlim (Foto: Reprodução/Twitter/Fórmula E)

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Tudo deles

 
Abt mostrou uma maturidade que ainda não havia aparecido na carreira dele. Piloto que vivia de lampejos de velocidade, Daniel cresceu recentemente, ganhou espaço e corridas. Com a torcida em peso ao lado dele, anotou a pole-position após sair do problemático grupo 1 do treino de classificação. Largou bem na corrida, abriu vantagem e se viu ameaçado após um atraso durante o pit-stop e teve que abrir nova vantagem grande. Ainda marcou a volta mais rápida do dia.
 
Após Vergne vencer em casa em Paris, Abt repetiu o jeito maravilhado por ganhar com a torcida.
 
“Acho que estou sem palavras. Não dei um grande show hoje, mas vencemos, e isso é muito mais importante. Obrigado, Berlim, muito obrigado! Incrível!", comemorou. 
 
"Talvez pudéssemos [brigar pelo título] com os 25 pontos de Hong Kong [quando teve a vitória tirada por uma desclassificação por causa de erro da equipe], não sei. Isso não importa. O que importa é que a Audi fez a dobradinha e conquistei uma vitória em casa. Todos da equipe podem ficar muito orgulhosos”, vibrou mais.
Daniel Abt venceu de ponta a ponta eP de Berlim (Foto: Reprodução/Twitter/Fórmula E)

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Di Grassi, que ainda não venceu na temporada mas marcou 18 pontos do P2 nas quatro provas mais recentes, comemorou a felicidade dos torcedores da casa com as vitórias de Abt e da Audi. “Fantástico dia para a Audi, fantástico dia para os fãs alemães. Muito obrigado, vocês fizeram o nosso show." 

 
Lucas relatou problemas com o segundo carro e a incapacidade que tinha de competir com Abt.
 
"Um pouco chateado que tive problemas com o segundo carro e tive que tentar apenas terminar a corrida. Portanto, estou satisfeito com o segundo lugar e com a dobradinha da Audi, que é super importante para a gente. E, é claro, eu estava tentando alcançar Daniel no começo da prova, mas, após notar o problema na direção, me concentrei em apenas terminar a corrida", falou.
Vergne manteve a ponta em Berlim (Foto: Techeetah)

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Pronto para o match point

 
Se no caso do Campeonato de Equipes os pontos em disputa são 141, no de Pilotos são apenas 87. E após o terceiro lugar deste eP de Berlim, Vergne tem 40 tentos de frente para Sam Bird, único que tem chances reais de usurpar a conquista. 
 
Destes 87 pontos, apenas 58 ainda estarão em disputa após o eP de Zurique. Ou seja, se Vergne conseguir abrir a liderança em mais 19 pontos com relação a Bird, será campeão ainda na Suíça. De agora em diante, o francês pode ser campeão em cada uma das corridas.
 
Pudera, após nove corridas Vergne segue sem ficar fora do top-5. São cinco pódios com três vitórias, uma regularidade impressionante. Vergne, como já dito anteriormente, mostra uma maturidade que jamais teve antes. Ainda que a natureza da fera ainda apareça: em Berlim, na briga pelo então quarto lugar com Sébastien Buemi, Vergne foi para cima da forma como gosta, tocou roda com roda e flertou com um abandono. Só que desta vez, a fase é boa e a sorte acompanha. 
 
“Foi um dia incrível. Eu não tinha muitas expectativas para hoje, porém terminar no top-3 foi incrível. Acho que a Audi esteve intocável hoje então nem me incomodei [com brigar pela vitória]", disse. 
 
"Fiz o melhor que pude hoje e estender a minha liderança do campeonato é incrível. Três corridas faltando agora, e não sei, acho que levarei corrida a corrida — nem sei quantos pontos de vantagem tenho agora [40], mas foi um final de semana excelente e pareço estar bem", declarou.
 
A FE para por três semanas e volta em 10 de junho com o primeiro eP de Zurique da história.
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