Toyota lança mão de ordem de equipe para garantir vitória de Alonso na estreia no WEC em Spa-Francorchamps

Com uma ajudinha da Toyota, Fernando Alonso estreou com vitória no Mundial de Endurance. É bem verdade que o #8 comandou sem muitos sustos as 6h de Spa-Francorchamps, mas, no fim, o #7 chegou, mas não pode brigar pelo triunfo

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E ele conseguiu. Fernando Alonso deu o primeiro passo rumo a Tríplice Coroa ao vencer a prova de abertura do Mundial de Endurance, neste sábado (5), nas 6h de Spa-Francorchamps. Mas o espanhol contou com uma ajudinha da Toyota, que impediu qualquer chance de disputa entre seus dois carros. É bem verdade que o #8 comandou a corrida desde o início, mas viu a perigosa aproximação do #7 nos momentos finais. Só que o triunfo tinha de ser do bicampeão da F1. E assim foi. 

Essa também foi a primeira vitória do asturiano em praticamente cinco anos. A última havia sido no GP da Espanha de 2013, quando ainda defendia a Ferrari na F1. No circuito belga, Alonso tem apenas a conquista da F3000, lá no distante ano de 2000. Na busca por conquistar as 24h de Le Mans, o piloto aceitou o desafio de se dedicar, além da F1, também ao WEC, em uma temporada em que vai estar ocupado em metade dos fins de semana do ano. Ao que parece, a decisão é mais do que acertada. 

A prova viu, portanto, uma dobradinha da equipe japonesa, única montadora da classe LMP1, a mais importante do Mundial de Endurance. O protótipo #7, na verdade, largou do pit-lane, depois de ser punido na sexta-feira, quando conquistou a pole. Sendo assim, a tripulação, formada por Mike Conway, Kamui Kobayashi e José María López, protagonizou uma bela prova de recuperação e só surgiu na segunda colocação depois da terceira hora da corrida, enquanto os companheiros de time lideravam a corrida.
 
A redução na distância entre os dois carros da Toyota só foi possível por conta de um pit-stop extra de Kazuki Nakajima – que enfrentou um problema no cinto de segurança -, que compartilhou o #8 com Alonso e Sébastien Buemi, além de uma rodada do japonês e de um safety-car na parte final – causado pelo acidente com Matevos Isaakyan. Quando veio a bandeira verde, Conway até tentou a aproximação, mas a esquadra nipônica decidiu evitar qualquer disputa, o que assegurou o triunfo.

A Rebellion terminou a prova na terceira e na quarta posições, depois que apresentou um ritmo muito mais veloz entre os não-híbridos. O carro #1, de Bruno Senna, Andre Lotterer e Neel Jani, sobreviveu a incidentes e paradas não programas para ir ao pódio. O carro #3 completou a boa performance, seguido pelo #4 da ByKolles.

Alonso celebra vitória em Spa com seus companheiros Kazuki Nakajima e Sébastien Buemi (Foto WEC)

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Na LMP2, a vitória ficou nas mãos do trio Roman Rusinov, Jean-Éric Vergne e Andréa Pizzitola, da G-Drive #26, que comandou boa parte da corrida. A Jackie Chan DC, que teve como tripulação Ho-Pin Tung, Gabriel Aubry e Stéphane Richelmi, terminou na segunda posição, logo à frente do brasileiro André Negrão, que guiou em parceria com Nicolas Lapierre e Pierre Thiriet. 

 
O Ford #66 da Ganassi levou na classe GTE-Pro. O carro, pilotado por Stefan Mücke, Olivier Pla e Billy Johnson, tomou a ponta logo no início e não deu chances. O outro Ford, que tinha Tony Kanaan como um dos pilotos, abandonou ainda no início da corrida depois de um acidente na Eau Rouge. 
 
Por fim, na GTE-Am, a vitória ficou nas mãos da Aston Martin, no carro #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda.
 
A próxima etapa do Mundial de Endurance é nada menos que as 24 Horas de Le Mans, que estão marcadas para os dias 15 e de 16 de junho.
 

 Confira como foram as 6h de Spa-Francorchamps do Mundial de Endurance

A corrida que abriu o WEC, na veloz pista belga, viu o pole Sébastien Buemi, a bordo do Toyota #8, ter de trabalhar para anular os ataques dos carros da Rebellion logo na famosa e apertada curva La Source. Andre Lotterer no #1 logo assumiu o segundo posto, à frente do colega Thomas Laurent. Tom Dillmann, da ByKolles, e Vitaly Petrov, da SMP, completavam o top-5.

Enquanto isso, a LMP2 tinha a liderança de Roman Rusinov, no #26 da G-Drive ORECA. Já na LMGTE-Pro, o Ford GT #66, com Stefan Mücke ao volante, tomou a ponta do #67. Na GTE-Am, Christian Ried surgia na frente com o Porsche. Mais atrás, Mike Conway vinha tentando recuperar posições, depois de ter largado do pit-lane com o Toyota #7.

A corrida entrou em ritmo de safety-car logo neste começo por conta do abandono do Porsche #86. A prova retomou seu ritmo seis minutos mais tarde, e o líder Buemi não precisou enfrentar nenhum ataque desta vez. contornando livremente a La Source. Mais atrás, a luta seguia acirrada entre os carros da Ford e da Porsche, com as Ferrari, Aston Martin e BMW um pouco mais distantes.

Enquanto isso, na LMP2, Giedo van der Garde assumia a ponta depois de uma bela ultrapassagem em cima de Rusinov em plena reta Kemmel. Na LMP1, Buemi abria vantagem e já vinha 4s à frente de Lotterer, que tinha 1s para o companheiro de Rebellion Laurent. Dillmann, por sua vez, estava a mais de 10s atrás, na quarta posição.

A largada das 6h de Spa-Francorchamps (Foto: Toyota)
Assim, com 30 minutos de prova, Buemi seguia na ponta e com uma larga vantagem de quase dez segundos para Lotterer, 14s para Laurent e quase um minuto para Dillmann. Van der Garde era quem comandava a LMP2, enquanto o Ford #66 aparecia na frente na GTE-Pro. Na Am, Mattias Lauda era o líder de Aston Martin.

Neste meio tempo, muita gente aproveitou para fazer os primeiros pit-stops da corrida, incluindo o líder Buemi, que voltou com folga ainda à frente. Os dois carros da Rebellion também foram os boxes, assim como os líderes da LMP2.

Com pouco mais de 1h30 de prova, um sério acidente provocou uma bandeira amarela. Quase que dá mesma forma como aconteceu com Pietro Fittipaldi, o Ford #67, pilotado por Harry Tincknell, escapou na Eau Rouge e estampou o muro de proteção do lado interno da temida curva. O piloto nada sofreu.

O safety-car foi logo acionado pela direção de prova, mas o carro da Ganassi, que também tinha Tony Kanaan na tripulação, ficou destruído com o forte impacto e abandonou a prova. A corrida tinha apenas 30 voltas naquele momento.

A paralisação demorou por conta dos reparos na barreira de pneus na Eau Rouge. Assim, as equipes decidiram também fazer novos pit-stops, agora com mudanças de piloto. Este foi o caso da Toyota. O carro líder trouxe Fernando Alonso, que enfim pode estrear no endurance. Já o #7 tirou Conway para a entrada de Kamu Kobayashi. Bruno Senna também veio à pista. 

 

Quando a corrida retomou o ritmo, Alonso tratou de escapar na ponta na La Source. Senna e Gustavo Menezes se colocaram logo atrás. E não demorou para o bicampeão da F1 abrir vantagem para os carros da Rebellion. Na LMP2, a liderança agora estava nas mãos de Jean-Éric Vergne, enquanto Richard Lietz tomava a ponta na GTE-Pro com o Porsche #16. Na Am, Charlie Eastwood era quem liderava.

Depois de três horas de prova, o Toyota #8 continuava liderando, mas agora com Kazuki Nakajima, que tinha quase um minuto de dianteira para o outro carro da Toyota, que, ajudado pelas paralisações e paradas de boxes, já figurava na segunda colocação, à frente do Neel Jani, da Rebellion.

A última hora e meia da prova viu uma série de incidentes, sendo o mais problemático é de Matevos Isaakyan, que também escapou Eau Rouge.  A pancada foi forte, mas o piloto saiu ileso. Por conta dos reparos, o safety-car precisou ser acionado. E as diferenças entre os ponteiros acabou anulada.

A relargada foi autorizada com 30 minutos para o fim da corrida, e Alonso, de volta ao cockpit do Toyota #8, tratou de escapar na frente, enquanto o companheiro Conway intensificou o ritmo e vinha tirando diferença. Mas o inglês recebeu a ordem da equipe japonesa para não atacar o bicampeão da F1, como forma de garantir a vitória. Dito e feito, Fernando levou o #8 para o triunfo em sua primeira corrida no WEC – e a primeira conquista desde 2013, quando venceu o GP da Espanha de F1.
 

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