Fornecedores das 6 Horas de São Paulo reclamam de falta de pagamento por parte de Fittipaldi

Organizador da etapa brasileira do Mundial de Endurance, Emerson Fittipaldi confirmou que a conta da primeira edição das 6 Horas de São Paulo não fechou e disse que está trabalhando para acertar dívidas

A segunda edição das 6 Horas de São Paulo acontece neste domingo (1), em Interlagos, mas empresas que trabalharam no evento do ano passado continuam esperando pelos pagamentos referentes aos serviços prestados em 2012. Em outras palavras, a conta não fechou, o que o organizador Emerson Fittipaldi admite.

Foi o bicampeão mundial de F1 que trouxe o recriado Mundial de Endurance para o Brasil. Dono da corrida, Fittipaldi contratou a empresa Momentum Sports, divisão esportiva da Momentum Brasil, que pertence ao grupo McCann, para tomar conta do lado promocional. Emerson é chairman da Momentum Sports.

Juntas, a empresa de Fittipaldi – Novo Horizonte Participações Eventos – e a Momentum Sports estão sendo cobradas judicialmente em mais de R$ 1 milhão. Dos processos localizados pelo GRANDE PRÊMIO, o de menor valor está na casa dos R$ 17 mil, e o maior, R$ 582 mil.

Em 2012, as 6 Horas de São Paulo não contaram com nenhum grande patrocinador, mas receberam, da Prefeitura de São Paulo, uma verba de R$ 8 milhões.

“Estamos acertando. Vamos acertar todo mundo”, garantiu Fittipaldi.

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Emerson Fittipaldi foi quem trouxe o Mundial de Endurance para o Brasil em 2012 (Foto: Felipe Tesser)

Procurada, a Momentum informou por meio de sua assessoria de imprensa que foi contratada pela Novo Horizonte para a realização das 6 Horas, “tendo como responsabilidade a produção do evento, incluindo a supervisão do trabalho dos fornecedores, porém, não o seu pagamento”.

“Os pagamentos aos fornecedores eram de responsabilidade da empresa do Sr. Emerson Fittipaldi, a Novo Horizonte, conforme contratos firmados na ocasião com tais fornecedores”, completou a assessoria.

Fornecedores, por sua vez, temem não receber os valores. Bruno Bacci, 35, que paralisou a operação de seu bufê devido às dívidas contraídas após as 6HSP de 2012, disse ter saído das reuniões realizadas para discutir os pagamentos atrasados com a impressão de que “não há interesse” em quitar essas dívidas.

“Está indo para a segunda edição do evento. Será que vai fazer isso de novo? A minha empresa, particularmente, fechou. Ele quebrou a minha empresa”, reclamou Bacci. Ele afirmou que ainda não entrou com uma ação judicial contra Fittipaldi e a Momentum para cobrar uma quantia de R$ 60 mil, 50% do valor total dos serviços prestados por cerca de um mês entre agosto e setembro de 2012, porque não tem condições financeiras para isso.

Fontes também relataram ao GP que a Momentum alega não ter recebido todas as cifras que deveria receber de Emerson. A empresa se recusou a comentar essa informação.

Fittipaldi continua sendo chairman da Momentum “devido ao grande aporte estratégico” que ele dá à operação, porém, a empresa não tem mais relação com a corrida. Em 2013, a Playcorp Eventos assumiu a promoção e também se tornou sócia do evento.

“A Playcorp está trazendo a experiência, o expertise de vários eventos. Réveillon da Paulista, Skol Sensation, os telões do Anhangabaú na Copa do Mundo”, falou Fittipaldi.

O hoje promotor disse que trabalha para, neste ano, pelo menos “zerar” as contas das 6 Horas de São Paulo. “Nos dois primeiros anos é muito difícil. Neste ano, já estamos com empresas grandes dentro do evento, empresas sérias estão investindo, e, no ano passado, não tinha. Tudo isso vai dar uma levantada muito grande”, declarou.

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