Primeira mulher na Copa Stratum/coinBR GP, Miriam Schivel se impõe entre os homens: “O pessoal me respeita bastante”

Miriam Schivel, 32 anos, conquistou bons resultados nas duas baterias que participou, somou 27 pontos em Interlagos e promete entrar forte na briga por uma das vagas na Scuderia GP nas 500 Milhas de Kart

Se a edição de 2017 trouxe duas mulheres para pilotar durante uma das etapas na Granja Viana, a segunda  temporada da Copa Stratum/coinBR GP de Kart começou no último sábado (24), em Interlagos, com mais uma representante feminina no grid: Miriam Schivel, 32 anos, a primeira mulher a realmente entrar na pista da Copa para brigar lá na frente por resultados. E ela cumpriu a promessa de incomodar bastante por uma vaga nas 500 Milhas de Kart.

A piloto conquistou a sexta posição na bateria classificatória que largou e, na final, chegou em sétimo somando, ao final da primeira etapa, 27 pontos e a posição 7 na classificação geral. Schivel falou ao GRANDE PRÊMIO sobre o seu desempenho em Interlagos.

“A primeira corrida foi bem legal, mas não peguei um kart tão bom, larguei em 11º e cheguei em sexto. Foi um desempenho bom, diante do que eu tinha na mão. Na final, meu kart era melhor, porém, estava com medo de fazer curvas em alguns lugares, como na Esplanada, que é um lugar que você tem de fazer com o pé embaixo, ainda tinha um pouquinho de receio. Mas gostei do meu resultado”, contou.

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Schivel já tem muita experiência em kart, pois corre junto com a Amika (Associação de Amigos do Kart Amador) e, novamente, parceira do GRANDE PRÊMIO e da Stratum/coinBR na organização da Copa. Ela contou como buscou a evolução pessoal para disputar com condições de ganhar na categoria. “Eu ando de kart desde 2006, comecei andando na Copa Amika Feminina. Depois, comecei a andar em mais baterias, fazer endurance, coaches para poder melhorar em algumas coisas, e isso me trouxe mais tempo de pista”, afirmou.

E se enganam aqueles que pensam que a piloto tem medo de cara feia na hora da competição. “Na pista, você tem que se impor, baixou a viseira, você é um piloto igual a todos os outros, se puder ultrapassar vai, se botou o carro do teu lado, respeita. Quanto a andar no meio dos homens, eu já estou acostumada, o pessoal me respeita bastante na pista, não tem problema algum”, completou.

Schivel aponta problemas na divulgação do esporte, sobretudo da categoria feminina. “A categoria feminina ficou parada dois anos e voltou em 2017, agora temos cinco campeonatos femininos, com uma pegada forte. A divulgação é importante para incentivar e, a cada ano que passa, as meninas ficarem mais experientes e a disputa ficar ainda mais acirrada”, declarou.

A piloto estava feliz em participar da prova em Interlagos e garante que vai entrar forte na briga por uma das vagas da Scuderia GP, no final do ano. “É o berço, não é? Só os melhores andam por aqui e vir à Interlagos dá sempre um friozinho na barriga maior. E, se tudo correr bem nessa temporada, quero disputar todas as finais para ter uma chance lá na frente para chegar às 500 Milhas de Kart”.

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