Correr na Copa Stratum/coinBR GP de Kart me fez reviver o passado e notar que tenho muito a evoluir

Vinicius Piva, repórter do GRANDE PRÊMIO, correu a quarta etapa da Copa Stratum/coinBR GP de Kart e contou, em texto, sobre seus sentimentos na pista

Participar como convidado da quarta etapa da Copa Stratum/coinBR GP de Kart resgatou aquela sensação maravilhosa de pilotar um kart. E, ao mesmo tempo, trouxe o sentimento de que tenho condições de melhorar muito, dentro e fora das pistas

Crescer dentro do autódromo de Interlagos vendo corridas com meu pai me aproximou do universo do esporte a motor. E na adolescência pude ter aquele gostinho de ser piloto com a onda de Kart Indoor, entre o fim da década de 1990 e início dos anos 2000.

Perdi a conta do número de vezes que andei de kart com meus amigos, principalmente, no shopping Interlagos. E, para ser bem sincero, eu não me saía mal não. Estava sempre brigando lá na frente. Mas o tempo foi passando e o hobby de adolescente se perdeu em meio às responsabilidades que a vida impõe a um jovem/adulto.

Fato é que já fazia mais de 10 anos que eu não andava de kart quando surgiu a oportunidade de participar da quarta etapa da Copa Stratum/coinBR GP de Kart. evento que tive a chance de acompanhar de perto em algumas oportunidades.

Tinha total consciência de que não conseguiria acompanhar o ritmo dos pilotos amadores que disputam o campeonato regularmente. Minha meta inicial era não atrapalhar os parceiros e tomar o menor número de voltas possível. Confesso que tinha uma esperança de tomar, no máximo, uma volta. Mesmo parado há anos, lá no fundo (bem no fundo) eu sabia que pilotar é daquele tipo de coisa que a gente não esquece.

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Nunca tinha andado na Granja Viana, palco da corrida desta vez. E a chuva que caiu naquele sábado frio era um indicativo que meu desafio se tornara maior. A pista estava molhada, para mim uma condição inédita no kart. Recorri a um dos pilotos para me dar alguns toques para o piso escorregadio, que foram bem úteis, por sinal. Vesti o colete laranja de iniciante para todos saberem que eu era café com leite e fui para a pista sem medo de ser feliz.

A sensação ao sair dos boxes foi das melhores. A adrenalina ao acelerar foi lá no alto, como nos velhos tempos. Tinha me esquecido do quão boa é essa sensação de acelerar numa pista de competição. Foi mágico e nostálgico. E desafiador. Não só porque o piso estava escorregadio, mas porque ficou claro logo no início de que seria preciso muito tempo de pista para tirar o ferrugem de tantos anos parado.

Comecei bem tranquilo, tentando me familiarizar com o kart e a pista ligeiramente molhada. A confiança foi aumentando, mas o número do meu kart não aparecia no painel dos dez mais rápidos. Sim, a esperança sempre existe, né. Mas vendo os pilotos que passavam por mim e abriam vantagem rapidamente, ficou bem nítido que não existia a menor condição de se aproximar dos kartistas amadores. Na verdade, eles são quase profissionais.

Pódio da quarta etapa da Copa Stratum/coinBR GP (Foto: Emerson Santos/One Photography Media)

Minha bateria tinha 15 pilotos e consegui o 13º lugar no grid, nada mal para quem rodou três vezes. Mas quando se olha os tempos, fica evidente a disparidade. Virei 57s924, exatos 5s032 para o pole-position Paulo Castanheira. Sentiu o drama? É muita diferença. Só então caí na real. Os caras mandam muito bem!

Na corrida rodei mais duas vezes sozinho, e a sensação era de que quanto mais um andava, maior ficava o desafio de acertar as curvas. Não dei uma volta completa sem cometer ao menos um erro de trajetória, tangência ou algo que o valha. Tomar duas voltas ao menos me deu a condição de observar os pilotos mais velozes e tentar (eu disse tentar) seguir os seu caminhos. Em duas curvas consegui repetir a trajetória deles, o que me ajudou. Em linhas gerais, no entanto, estava difícil melhorar.

Terminei a corrida em 14º e penúltimo, só a frente do amigo e parceiro de GRANDE PRÊMIO Renato Ribeiro. Minha melhor volta na corrida melhorou em comparação com o classificatório, mais porque o asfalto foi secando do que propriamente por minha evolução na pilotagem. Virei 56s467 contra 51s997 do Castanheira. De novo uma diferença abismal.

Quarta etapa da Copa Stratum/coinBR GP (Foto: Emerson Santos/One Photography Media)

Enfim, foi uma experiência divertidíssima e desafiadora. O ambiente é gostoso. É competitivo, mas bastante respeitoso. Não tem mimimi. Particularmente, consegui resgatar um pouco do muito do que fiz no passado, e isso foi muito gostoso. Fico me perguntando porque passei tanto tempo sem pilotar um kart? Minha vida poderia ter sido mais divertida (e emocionante) nesses últimos dez anos. Porque andar de kart é legal demais!

Dividir a pista com pilotos tão habilidosos também despertou em mim a vontade de evoluir, encontrar os meus próprios limites. Há um espaço enorme para essa lapidação. É só se permitir – nesse caso treinar. E, convenhamos, esse sentimento é bom tanto dentro quanto fora das pistas. Que tal você também testar os seus limites?

A próxima etapa da Copa Stratum/coinBR GP de Kart acontece em 30 de junho, em Interlagos. Gratidão pela oportunidade! 

 
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